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América Latina

Peru se prepara para eleger um Congresso fragmentado

9 abr 2011 - 19h56
(atualizado às 23h19)
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Junto com o primeiro turno presidencial, os peruanos vão eleger neste domingo 130 membros de seu Congresso unicameral, que será inevitavelmente fragmentado. Nenhum partido terá maioria absoluta, o que obrigará ao próximo presidente estabelecer alianças, segundo todas as pesquisas realizadas até agora.

Keiko Fujimori Higuchi, 35 anos, é filha do ex-presidente Alberto Fujimori, preso e sentenciado por violações contra os direitos humanos. A candidata da Força 2011 é formada em Administração de Negócios pela Universidade de Boston. Keiko é investigada por suspeita de ser cúmplice de enriquecimento ilícito - seus estudos teriam sido financiados pelo Estado -, mas ela negou as acusações
Keiko Fujimori Higuchi, 35 anos, é filha do ex-presidente Alberto Fujimori, preso e sentenciado por violações contra os direitos humanos. A candidata da Força 2011 é formada em Administração de Negócios pela Universidade de Boston. Keiko é investigada por suspeita de ser cúmplice de enriquecimento ilícito - seus estudos teriam sido financiados pelo Estado -, mas ela negou as acusações
Foto: AP

A composição do Parlamento será feita com pelo menos seis grupos políticos, dizem as pesquisas, com nenhum dos partidos conseguindo a maioria, o que deixa antever dificuldades para o presidente eleito de aplicar suas propostas. De acordo com as pesquisas de intenção de voto, estão na frente parlamentares do partido Peru Possível, do candidato e ex-presidente Alejandro Toledo, e o Força 2011, de Keiko Fujimori, com percentuais entre 18 e 20%.

A aliança Ganha Peru, do nacionalista de esquerda Ollanta Humala, conseguiria a terceira votação parlamentar em importância (17%), apesar de Humala ser favorito para ganhar no primeiro turno deste domingo. Seguem-se, no quarto lugar, a Aliança para a Grande Mudança, do candidato conservador Pedro Pablo Kuczynski, seguido do Solidariedade Nacional (do ex-prefeito de Lima, Luis Castañeda) e do governista oficialista APRA.

O caso do APRA é particular: sendo partido histórico do Peru e com o presidente no poder, chega à presidência sem candidato depois da renúncia à aspiração, por discrepâncias internas, de Mercedes Aráoz. A última vez que um governo no Peru teve maioria absoluta no Congresso foi durante o governo de Alberto Fujimori (1990-2000), hoje condenado a 25 anos de prisão por violação aos direitos humanos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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