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América Latina

Perícia confirma que policiais foram assassinados à queima-roupa pelas Farc

13 jun 2015 - 23h23
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O tenente-coronel da polícia da Colômbia, Alfredo Ruiz Clavijo, e o agente Juan David Marmolejo, mortos ontem em um atentado das Forças Amadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), foram executados com tiros à queima-roupa a menos de um metro de distância, confirmou neste sábado a perícia médica em relatório.

A confirmação dessa informação, revelada na sexta-feira pelo diretor da polícia, o general Rodolfo Palomino, foi feita hoje pelo diretor do Instituto de Medicina Legal (IML), Carlos Valdés, com base nos resultados das necrópsias.

"A trajetória foi de frente para trás, no rosto, a curta distância, inferior a um metro", disse Valdés em entrevista coletiva em Bogotá.

O diretor do IML acrescentou que todas as lesões sofridas pelas vítimas "são lesões vitais, ou seja, que ocorreram quando as vítimas ainda estavam vivas", o que indica que o tenente-coronel e o agente sobreviveram ao atentado com explosivos e foram executados com disparos de fuzil.

O atentado, que as autoridades atribuíram à frente 48 das Farc, foi cometido na sexta-feira em uma estrada entre os municípios de Córdoba e Ipiales, no departamento de Nariño, no sudoeste da Colômbia. Além do tenente-coronel e do policial Marmolejo, um civil, que passava de moto pelo local, também morreu.

Este ataque das Farc acontece no meio de uma ofensiva terrorista da guerrilha, iniciada no dia 22 de maio, contra a polícia e as infraestruturas do país e com a qual pretendem, segundo o governo, pressionar um cessar-fogo bilateral enquanto se negocia um acordo de paz em Havana.

Nessa ofensiva, as Farc deixaram mais de um milhão de pessoas sem eletricidade, por vários dias, no departamento do Caquetá, no sul do país, assim como nas cidades de Buenaventura e Tumaco, principais portos do país no Oceano Pacífico. Além disso, as ações da guerrilha causaram vazamentos de petróleo que poluíram rios e outras fontes de água nos departamentos de Putumayo e Nariño.

EFE   
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