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América Latina

México: 25 pessoas são encontradas mortas em regiões reféns de carteis

17 ago 2013 - 19h19
(atualizado às 21h09)
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Pelo menos 17 pessoas foram assassinadas nas últimas horas deste sábado em dois Estados do México, e oito corpos foram achados em uma fossa clandestina já em estado de decomposição em três casos de violência que podem estar ligados a grupos do crime organizado.

Os crimes aconteceram em Michoacán e Guerrero, dois Estados onde surgiram nos últimos meses grupos de autodefesa, como são conhecidas as guardas comunitárias formadas por habitantes que, na maioria dos casos, para se proteger de grupos criminosos que incomodam as povoações.

Na cidade de Tepalcatepec, em Michoacán, foram encontradas nove pessoas algemadas e mortas a tiros. A Procuradoria Geral de Justiça do Michoacán (PGJM) confirmou que localizou os corpos em um sítio entre as comunidades de Ponta de Água e Divisão do Norte, próxima ao município de Buenavista Tomatlán.

A imprensa local informou que foi achada uma mensagem que aponta que as mortes podem estar relacionadas a rivalidades entre membros do cartel Jalisco Nova geração Y com o dos Cavaleiros Templários.

Em Tepalcatepec e Buenavista Tomatlán existem grupos de autodefesa, surgidos nas comunidades para combater com seus próprios meios os criminosos, que atacam e extorquem os habitantes da região. Em Michoacán o Exército e a Marinha foram enviados em maio para ajudar as autoridades locais a recuperar o controle do território e pacificar a região.

Ontem, líderes de vários grupos de autodefesa de Michoacán tiveram uma reunião e exigiram a libertação de 96 detidos desde abril, entre eles 46 presos esta semana em Aquila, no sudoeste do estado.

Na comunidade de San Francisco, no estado de Guerrero, outros oito corpos foram achados ontem à noite no interior de uma caminhonete abandonada em uma estrada rural do município de San Miguel Totolapan, na região de Terra Quente.

"Foram encontradas armas, carregadores e cartuchos utilizados", informou a procuradoria de Guerrero, que suspeita que os homicídios foram parte de "um enfrentamento entre grupos antagônicos que se cruzaram no povoado" em uma região onde há uma importante presença criminosa das organizações criminosas da Família Michoacana e dos Cavaleiros Templários.

Também em Guerrero, "um telefonema anônimo" permitiu encontrar ontem em uma área próxima à população de Taxco oito corpos abandonados há vários dias em uma fossa clandestina, explicou uma fonte da Procuradoria Geral de Justiça de Guerrero. Nenhuma das vítimas foi identificada até agora.

Nas últimas semanas, o agravamento da violência motivou o deslocamento de centenas de famílias que habitavam regiões serranas, e que abandonaram seus lares e partiram para áreas mais seguras.

Estes deslocamentos ocorreram da comunidade do Cubo, Arcelia, para San Miguel Totolapan, e do Ajuchitán rumo às povoações de Tecpan de Galeana e Acapulco, onde hoje está prevista uma manifestação contra a insegurança.

Todas estas comunidades estão na região conhecida como Terra Quente, onde há presença dos grupos criminosos dos Cavaleiros Templários, A Família e Guerreros Unidos.

Em Guerrero há destacamentos das Forças Armadas em vários pontos do estado, especialmente em torno de Chilpancingo e ao porto de Acapulco, a cidade mais turística do país, assim como em regiões onde há grupos da polícia comunitária em Ayutla, Olinalá, Huamuxtitlán, e Tixtla.

EFE   
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