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América Latina

Pelo 22º ano seguido, Assembleia Geral da ONU pede fim do embargo a Cuba

29 out 2013 - 17h12
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Ciclista passa em frente à bandeira cubana em Havana em imagem de dezembro de 2012
Ciclista passa em frente à bandeira cubana em Havana em imagem de dezembro de 2012
Foto: Reuters

A Assembleia Geral da ONU voltou a se manifestar nesta terça-feira contra o embargo dos Estados Unidos a Cuba, ao votar uma resolução de condenação à medida e a favor de seu fim por 188 votos a favor, dois contra e três abstenções. O apoio a esta resolução apresentada por Cuba constitui a 22ª ocasião consecutiva em que a Assembleia Geral se manifesta contra o bloqueio econômico americano à ilha.

A resolução, intitulada "Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba", recebeu os mesmos apoios que no ano passado, mas houve um voto contra a menos e uma abstenção a mais.

Os Estados Unidos só tiveram o apoio de Israel nos votos negativos, enquanto que Palau, que em 2012 tinha votado contra, se uniu hoje às abstenções das Ilhas Marshall e Micronésia (que tinham votado da mesma forma há um ano).

A votação aconteceu após um debate no qual todos os intervenientes, salvo o representante dos Estados Unidos, se mostraram contra as medidas americanas e pediram sua suspensão.

Entes plurinacionais latino-americanos como Mercosul, Celac e Caricom, e também a Organização da Conferência Islâmica e o Movimento de Países Não Alinhados, se manifestaram de forma unânime contra o embargo.

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, interveio em nome de seu país para voltar a detalhar as consequências que o embargo e a lei Helms-Burton têm na economia cubana, mas também em outros campos como a saúde.

Rodríguez disse também que a política americana "impede" o livre movimento e o fluxo de informação, e destacou que, depois de mais de 50 anos de embargo e mais de 20 de rejeição das Nações Unidas, a política dos Estados Unidos em relação a Cuba sofre "um absoluto isolamento e descrédito mundial".

Também no debate, o representante americano defendeu que o embargo se transformou em "um bode expiatório" que o governo cubano empregou para justificar os problemas econômicos de seu país.

Os EUA também asseguraram que recebem com satisfação as mudanças econômicas aprovadas pelo governo cubano, apesar de insistirem que "Cuba continua tendo um dos sistemas mais restritivos do mundo".

O representante americano destacou que seu país exportou para Cuba durante 2012, apesar das restrições, produtos no valor de quase US$ 465 milhões, que incluem alimentos, instrumentos médicos, remédios e artigos humanitários.

EFE   
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