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América Latina

Paraguai: Franco diz que países do Mercosul foram "rosário de amargura"

Federico Franco chegou ao poder após a cassação em meados de 2012 do presidente Fernando Lugo

6 ago 2013 - 21h40
(atualizado às 21h55)
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O presidente paraguaio Federico Franco disse nesta terça-feira que os vizinhos do Mercosul "foram um rosário de dor e amargura" durante sua gestão, que termina no próximo dia 15 de agosto.

Franco, que chegou ao poder após a cassação em meados de 2012 do presidente Fernando Lugo, denunciou, em entrevista à rádio Primero de Marzo, que os parceiros do Mercosul submeteram seu país a uma "marginalização injusta e ilegal".

"A comunidade vizinha foi um rosário de dor e amargura", se queixou o presidente. Após a cassação de Lugo, o Paraguai foi suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que não reconheceram o governo de Franco.

O líder criticou que os países do Mercosul tenham permitido o "ingresso arbitrário" e "pela janela" da Venezuela, enquanto o Paraguai permaneceu suspenso do bloco, e acrescentou que "o verdadeiro golpe foi dado por eles".

O presidente em fim de mandato agradeceu "aos países que mantiveram suas embaixadas e aos que retornaram seus embaixadores" ao Paraguai depois da crise pela destituição de Lugo.

Franco reconheceu que foi "dolorosa a fala de convite para os eventos do Mercosul e da Unasul, os comentários dos presidentes vizinhos, ou quando os ministros participaram de eventos internacionais e vetaram nosso acesso".

O líder paraguaio destacou "a mudança fundamental que significou na política internacional o fato de não olhar mais o Atlântico, se não olhar ao Pacifico", já que sob seu mandato o Paraguai foi incluído como membro observador da Aliança do Pacífico, bloco integrado por Chile, Colômbia, México e Peru.

"Reconheço que tivemos sombras, a História vai julgar, mas fica a satisfação de ter restaurado a democracia e devolvido a paz, a ordem e a tranquilidade no país", acrescentou.

Franco também disse estar feliz com sua gestão durante este ano e dois meses, embora reconheça que "não é o que tinha desejado" e que "a satisfação não é completa". O atual líder entregará o comando do país a Horácio Cartes, presidente eleito nas eleições gerais de 21 de abril pelo Partido Colorado, no dia15 de agosto.

EFE   
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