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América Latina

Paraguai: comissões legislativas aprovam Venezuela no Mercosul

17 dez 2013 - 13h06
(atualizado às 14h15)
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As comissões de Assuntos Constitucionais e de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados do Paraguai aprovaram nesta terça-feira o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul, última etapa antes da votação em plenário, informaram à Agência Efe fontes legislativas.

O protocolo para a entrada do país caribenho no Mercado Comum do Sul será analisado amanhã na sessão ordinária da Câmara dos Deputados, onde o Partido Colorado, que tem maioria no plenário, prevê aprová-lo definitivamente, disse à Efe o presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Ramón Romero Roa. "Temos maioria para acompanhar e aprovar" o protocolo na câmara baixa, disse o deputado colorado.

O Senado paraguaio aprovou o protocolo na semana passada, após mantê-lo bloqueado desde 2006.

Venezuela no Mercosul

A entrada da Venezuela, que já é parte do grupo e ostenta a presidência, foi aprovada por Brasil, Argentina e Uruguai em junho do ano passado, no mesmo dia em que os três países suspenderam o Paraguai pela "ruptura constitucional" que, segundo esses três governos, foi representada pelo impeachment do então presidente Fernando Lugo.

O Paraguai não deu o sinal verde para a entrada da Venezuela, apesar de Lugo ter tentado incentivar sua aprovação em várias ocasiões durante seu mandato (2008-2012), antes de ser cassado e substituído pelo liberal Federico Franco, que era seu vice-presidente.

Enquanto durou a suspensão, que terminou com a posse do presidente Horacio Cartes (do Partido Colorado), no dia 15 de agosto, o Senado paraguaio chegou a votar e negar a adesão da Venezuela mais uma vez. Quem mantém oposição à entrada da Venezuela no bloco é o Partido Liberal, maior legenda da oposição.

Por outro lado, Romero Roa enfatizou que ninguém pode obrigar o Paraguai a tomar decisões em um sentido ou outro. "O presidente (Cartes) assumiu esta posição política e considerou mais prudente que as relações com países do Mercosul possam ser recuperadas, sobretudo tendo pendente temas econômicos importantes com a União Europeia", explicou.

A câmara baixa prevê na ordem do dia da sessão de amanhã abordar o protocolo e também a possível retirada da declaração de "persona non grata" emitida no ano passado contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, então chanceler, por uma suposta intromissão durante a crise pelo impeachment de Lugo.

A revogação da declaração já foi aprovada pela Comissão de Relações Exteriores, mas o plenário decidiu adiar seu debate para amanhã para tratá-lo junto com o tema da entrada da Venezuela no Mercosul.

EFE   
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