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América Latina

Oposicionista da Venezuela promete se entregar e convoca ato contra Maduro

Leopoldo López disse que se entregará à Justiça nesta terça-feira

17 fev 2014 - 12h00
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O líder oposicionista venezuelano Leopoldo López, apontado pelo governo de Nicolás Maduro como responsável pelos protestos que estremecem o país, disse em um vídeo divulgado no domingo que se entregará na terça-feira à Justiça.

López é alvo de um mandado de prisão, por acusações que incluem terrorismo e homicídio. Na semana passada, ele convocou uma manifestação oposicionista que terminou com três mortos e centenas de feridos.

O líder foragido usou seu vídeo, com duração de três minutos, para convocar uma nova passeata na terça-feira com direção à sede do Ministério de Interior e Justiça.

"Se houver alguma decisão de ilegalmente me prender, estarei aí para assumir essa decisão e essa perseguição infame por parte do Estado", acrescentou.

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Leopoldo López teve prisão decretada depois das manifestações da última quarta-feira, em Caracas
Foto: Reuters

Na madrugada de domingo, de posse do mandado de prisão, militares armados realizaram buscas na casa de López e de seus pais. Também no domingo, quinto dia de protestos em Caracas e em outras cidades importantes, a polícia voltou a usar gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Não houve confrontos tão graves quanto nas vezes anteriores.

No sábado, o Departamento de Estado dos Estados Unidos havia manifestado sua "preocupação" com o clima de tensão na Venezuela. Maduro acusa os EUA de confabularem com a oposição para depor o seu governo, e no domingo anunciou a expulsão de três funcionários consulares norte-americanos.

"Dei ordens ao chanceler para declarar como ‘persona non grata' e expulsar três funcionários consulares da Embaixada dos EUA... Já há dois meses os observamos fazendo reuniões em universidades particulares", afirmou o presidente, que em outubro havia expulsado outros três diplomatas.

Os manifestantes, a maioria estudantes, permanecem firmes nas ruas e dizem que não vão sair enquanto não receberem a notícia da renúncia de Maduro, herdeiro político do líder socialista Hugo Chávez. Nada indica, entretanto, que essa renúncia seja iminente.

Maduro, que se diz alvo de uma tentativa de golpe em gestação, diz que não tolerará manifestações que bloqueiem vias importantes ou destruam o patrimônio público.

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