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América Latina

Oposição venezuelana pede relatório médico sobre Chávez

28 dez 2012 - 22h19
(atualizado às 23h06)
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A oposição venezuelana pediu nesta sexta-feira que o Governo divulgue o relatório médico do presidente Hugo Chávez, que se recupera em Cuba de uma operação após a reincidência de seu câncer, cuja localização e tipologia nunca foram informados.

O pedido formal foi apresentado pela deputada e presidente da Comissão de Família da Assembleia Nacional, Dinorah Figuera, do partido Primeiro Justiça, que manifestou sua preocupação perante "informações contraditórias" de porta-vozes oficiais.

Dinorah solicitou ao vice-presidente, Nicolás Maduro, um relatório do "boletim médico das pessoas que estão fazendo o diagnóstico, a avaliação e o tratamento do presidente".

"Consideramos que o povo venezuelano merece uma informação oficial e institucional", especificou.

Desde meados de 2011, o governante foi operado em quatro oportunidades, a última vez no dia 11 de dezembro, sempre em Cuba, e submetido a tratamentos de quimioterapia e radioterapia.

Chávez ganhou sua última reeleição no dia 7 de outubro, quando se definiu o período presidencial 2013-2019, ao qual deve jurar no próximo dia 10 de janeiro perante a Assembleia Nacional, como o ordena a Constituição, ou perante o Supremo Tribunal de Justiça.

Por sua vez, o deputado e secretário-geral do partido Projeto Venezuela, Carlos Berrizbeitia, disse à Agência Efe que as autoridades venezuelanas e cubanas "sempre tentaram esconder" a condição de Chávez para que, "irresponsavelmente, participasse de uma campanha eleitoral doente".

"Nunca a Venezuela viu, nem o resto do mundo, o relatório médico sobre o câncer do presidente", criticou.

Berrizbeitia apontou que esse relatório poderia determinar se o que acontece agora é uma falta temporária do governante, que, segundo a Constituição, pode ser de 90 dias renováveis pelo mesmo período, ou uma falta absoluta, que obriga à convocação de eleições em um prazo de 30 dias, se esta ocorrer nos primeiros quatro dos seis anos do mandato presidencial.

EFE   
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