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América Latina

ONU pede às Farc que não recrutem crianças

27 jul 2009 - 22h44
(atualizado às 23h13)
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O relator da ONU para os povos indígenas, o americano James Anaya, pediu nesta segunda-feira às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que respeitem os direitos fundamentais dos índios e acabem com a prática do recrutamento forçado de menores.

Anaya fez a chamada em Bogotá ao concluir uma visita à Colômbia, onde também assegurou que "a situação dos direitos humanos dos indígenas é grave, crítica e profundamente preocupante", como tinha advertido seu antecessor no cargo, Rodolfo Stavenhagen, em 2004.

Ele reconheceu, no entanto, que o Governo do presidente colombiano Álvaro Uribe deu passos significativos "em matéria de saúde e educação para melhorar a situação de extrema vulnerabilidade em que vivem os povos indígenas do país".

Sobre as Farc, expressou sua "extrema preocupação" porque, segundo ele, a guerrilha, a mais antiga das que operam na Colômbia, "parece desconhecer totalmente os padrões de direitos humanos e direito internacional humanitário".

O relator especial da ONU para os direitos humanos e liberdades fundamentais dos povos indígenas disse que, "segundo a informação recebida, esses grupos são os principais responsáveis por assassinatos de indígenas e outros graves crimes".

Anaya também pediu às Farc que parem o recrutamento forçado e "a vinculação de meninos e meninas indígenas, assim como o uso de minas antipessoais".

O diretor da Polícia colombiana, general Oscar Naranjo, reconheceu hoje que neste ano morreram 59 indígenas e que pelo menos 22 integrantes da etnia Awá morreram nas mãos das Farc em um massacre ocorrido no início de ano no departamento (estado) de Nariño, fronteiriço com o Equador.

EFE   
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