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América Latina

ONU e Cruz Vermelha preparam no México envio de ajuda ao Haiti

13 jan 2010 - 21h44
(atualizado às 22h01)
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A ONU e a Cruz Vermelha abriram nesta quarta-feira centros de abastecimento no México para receber ajuda humanitária e doações que serão enviadas ao Haiti para atender as vítimas do terremoto que atingiu o país caribenho nesta terça-feira.

Casas desabam após terremoto que atingiu o Haiti
Casas desabam após terremoto que atingiu o Haiti
Foto: Reuters

A pedido da Embaixada do Haiti no México, o sistema das Nações Unidas "trabalha em coordenação com as autoridades do governo do México, incluindo a Defesa Civil e a Secretaria de Relações Exteriores, para dar assistência ao povo haitiano", diz um comunicado do escritório mexicano da ONU. Como parte dessa assistência, os primeiros especialistas do sistema das Nações Unidas no México "estão prestes a chegar ao Haiti", acrescentou a organização.

A ONU, que confirmou hoje a morte de 14 integrantes de sua missão de paz no Haiti, abriu um centro de abastecimento para reunir produtos de primeira necessidade em sua sede na Cidade do México. A carga será enviada à capital haitiana em coordenação com o Governo do México.

Já a Cruz Vermelha abriu 32 centros de abastecimento de ajuda humanitária no México, um para cada estado do país, disse à Agência Efe o diretor da instituição em território mexicano, Adrián Ruiz. Além disso, o organismo de ajuda humanitária enviará 20 especialistas em desastres e dez mil rações de comida ao Haiti.

O apoio da Cruz Vermelha partirá a bordo dos três aviões e dois navios que o governo mexicano enviará ao Haiti junto com 100 especialistas em desastres, médicos e cachorros treinados para o resgate de pessoas.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. No entanto, devido à precariedade dos serviços básicos do país, ainda não há estimativas sobre o número de vítimas fatais nem de feridos. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.

O ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o Haiti após o terremoto que devastou o país nesta terça-feira. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

EFE   
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