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América Latina

ONU chega ao Panamá para analisar armas em navio norte-coreano

12 ago 2013 - 23h58
(atualizado em 13/8/2013 às 00h22)
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Analistas técnicos do Comitê de Sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas chegaram nesta noite ao Panamá para inspecionar o navio mercante norte-coreano "Chong Chon Gang", detido no país há 27 dias por causa de um carregamento de armamento bélico não declarado, informou uma fonte oficial.

"Por pedido dos membros do painel (de analistas) e por questões de procedimento, seus membros não emitirão declarações a respeito desse trabalho, antes, durante e nem depois de realizado", indicou um comunicado do Ministério da Segurança Pública (Minseg) do Panamá, que confirmou a chegada dos enviados.

O Minseg assinalou que a imprensa deve cooperar para que esta inspeção no mercante de bandeira norte-coreana, atualmente detido em um porto panamenho no litoral atlântico, "seja realizada da maneira mais fluente e correta".

"Em seu devido momento, o Ministério da Segurança Pública fornecerá todas as informações admissíveis sobre este tema", indicou o comunicado.

Os 25 contêineres com equipamento bélico ocultos no navio norte-coreano, procedente de Cuba e detido no Panamá junto a seus 35 tripulantes desde último dia 10 de julho, foram transferidos a um "lugar estratégico", onde serão inspecionados pela missão da ONU, afirmou hoje uma fonte oficial.

"A carga foi levada para um lugar fechado, estratégico, onde eles (os técnicos da ONU) vão realizar a revisão (...) são 25 contêineres", afirmou à Agência Efe o diretor do Serviço Nacional Aeronaval (Senan) do Panamá, o comandante Belsio González.

Ao longo desta semana, os analistas da ONU inspecionarão o arsenal mencionado, que, segundo as autoridades cubanas, pertence a Ilha e se encontra "obsoleto", para determinar suas condições e verificar se houve uma violação das resoluções do Conselho de Segurança que proíbem a Coreia do Norte importar ou exportar armamento.

O mercante de bandeira norte-coreana Chong Chon Gang permanece no porto de Manzanillo de Colón, no litoral do Caribe e a cerca de 80 quilômetros ao norte da capital panamenha, enquanto os mais de 200 mil sacos de açúcar sob os quais o arsenal estava escondido foram transferidos para depósitos na província central de Coclé.

Em comunicado, o MP, que lidera a investigação da carga no Panamá, informou que no domingo, após o descarregamento de todos os contêineres, "várias peças de mísseis do tipo SA2 e SA3" foram encontradas.

Essas peças se somam às peças de aviões caça MIG-21 Bis, dois sistemas de mísseis antiaéreos e seus equipamentos de guia, além de explosivos, granadas RPG, foguetes de curto alcance, munição, controle de mísseis e pelo menos seis caminhões de comando encontradas desde o 15 de julho.

EFE   
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