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América Latina

ONG pede investigação imparcial das mortes em protestos na Venezuela

14 fev 2014 - 03h02
(atualizado às 03h04)
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Presidente venezuelano disse na noite dessa quinta-feira que há um plano para derrubar o seu governo
Foto: EFE

A ONG Human Rights Watch (HRW) pediu nesta quinta-feira que o governo da Venezuela faça, "sem demora", uma investigação "imparcial" sobre as mortes de pelo menos três pessoas, além dos mais de 60 feridos, nas manifestações convocadas na capital Caracas e em outras cidades do país por grupos de oposição.

"A Venezuela necessita com urgência que estes assassinatos sejam investigados e que os responsáveis sejam levados à Justiça, independentemente de qual for sua posição política", disse hoje José Miguel Vivanco, o diretor para as Américas da organização, segundo um comunicado.

E acrescentou: "o que a Venezuela não necessita é que as autoridades usem a oposição política como bode expiatório e que fechem os meios de comunicação responsáveis por uma cobertura que não agrada ao governo".

Pelo menos três pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas ontem em Caracas e em outras cidades da Venezuela, durante um dia de manifestações convocadas por grupos de oposição ao governo de Nicolás Maduro.

O presidente venezuelano, a quem a oposição acusa de suspender garantias constitucionais, denunciou um "ressurgimento do nazifascismo" e rejeitou os distúrbios violentos.

A Human Rights Watch exigiu hoje que o governo de Maduro realize de forma imediata uma investigação "imparcial" sobre o ocorrido nos últimos dias no país e enfatizou que o Executivo não deve usar as mesmas "como pretexto para perseguir criminalmente os opositores políticos, nem para limitar a liberdade de expressão".

Apesar de Caracas ter vivido hoje um dia tranquilo, jovens opositores e chavistas protestaram de novo nas ruas da cidade pelas mortes ocorridas ontem.

Esses pequenos protestos aconteceram mesmo após as advertências feitas por Maduro na noite de ontem, lembrando que qualquer pessoa que protestasse sem a permissão das autoridades seria detida imediatamente.

EFE   
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