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América Latina

Onda de saques assusta cidade argentina de Bariloche

20 dez 2012 - 21h40
(atualizado às 21h41)
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Cerca de cem pessoas saquearam nesta quinta-feira dois supermercados de Bariloche, na Argentina, e por isso o governo do país decidiu enviar forças de segurança federais para a cidade.

Um dos saques ocorreu em um estabelecimento da cadeia Changomás, do grupo americano Wal-Mart, e o outro em um supermercado da cadeia Todo. A polícia informou que houve incidentes em depósitos e outros comércios da cidade.

A televisão local mostrou imagens de pessoas encapuzadas roubando eletrodomésticos, como geladeiras e televisores, roupas e outros produtos.

Funcionário da Changomás consultadas pela Agência Efe confirmaram que o supermercado foi alvo de saques desde a manhã de hoje até cerca do meio-dia. Não houve registros de feridos.

Segundo a agência oficial "Télam", na semana passada o prefeito de Bariloche, Omar Goye, tinha advertido que fatos como esse poderiam ocorrer, por isso pediu que os supermercados doassem alimentos e oferecesse produtos de Natal a preços mais baixos.

Diante desta situação, a presidente argentina, Cristina Kirchner, a pedido do governador de Río Negro, Alberto Weretilneck, ordenou o envio de forças de segurança federais a Bariloche.

Weretilneck argumentou que "as forças de segurança provincial se encontram claramente superadas pelos manifestantes". As fontes da polícia consultadas pela Efe confirmaram que por enquanto não há nenhum detido pelos incidentes.

O chefe de Gabinete da Argentina, Juan Manuel Abal Medina, disse que a "presidente manteve contato com o governador desde que os fatos começaram e decidiu enviar as forças federais imediatamente".

Medina relacionou os saques em Bariloche com a sabotagem das redes elétricas denunciada hoje pelo governo da província de Neuquén, vizinha a Río Negro.

Segundo o chefe de Gabinete, os dois fatos "falam de questões muito particulares que não casualmente ocorrem em uma data como esta", quando se completam onze anos dos protestos sociais que incluíram saques e que terminaram com a queda do governo do então presidente, Fernando de la Rúa.

"Este governo condena de forma enérgica e profunda qualquer tipo de manifestação violenta que venha a frear o processo de paz social que nós temos", afirmou Medina.

O governador de Río Negro disse que os saqueadores "são integrantes de organizações políticas de caráter anárquico. "Com este tipo de fatos, estas organizações buscam gerar um cenário de comoção político-social que não tem relação com a realidade".

EFE   
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