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América Latina

Navio norte-coreano detido no Panamá transportava armas cubanas obsoletas

16 jul 2013 - 22h13
(atualizado às 22h15)
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A embarcação com bandeira norte-coreana retida no Panamá transportava 240 toneladas métricas de armamento defensivo "obsoleto" pertencente a Cuba "para ser reparado e devolvido" à ilha, informou uma declaração oficial do governo cubano divulgada nesta terça-feira.

O Ministério das Relações Exteriores cubano detalhou que dito armamento consiste em "duas complexas baterias antiaéreas Volga e Pechora, nove foguetes em partes, dois aviões Mig-21 Bis e 15 motores deste tipo de avião, tudo isso fabricado em meados de século passado".

"Os acordos assinados por Cuba nesta esfera se sustentam na necessidade de manter nossa capacidade defensiva para preservar a soberania nacional", afirma a chancelaria cubana hoje em sua declaração.

"A República de Cuba reitera seu firme e irrevogável compromisso com a paz, o desarmamento, inclusive nuclear, e o respeito ao Direito Internacional", destaca a nota oficial.

Este episódio acontece apenas duas semanas depois da visita a Cuba, entre final de junho e início de julho, de uma delegação militar da Coreia do Norte, liderada pelo chefe do Estado-Maior general do Exército Popular, Kim Kyok Sik, que inclusive foi recebido pelo presidente cubano, Raúl Castro.

Durante essa visita, o general Kim Kyok Sik ressaltou os laços de "irmandade" entre ambos países, e disse que compartilham "a mesma trincheira".

As autoridades panamenhas retiveram ontem em Colón, no litoral do Caribe, um navio de bandeira norte-coreana com uma carga de açúcar procedente de Cuba, na qual armas de guerra foram encontradas, anunciou o presidente do Panamá, Ricardo Martinelli.

"O navio vinha de Cuba com destino à Coreia do Norte", afirmou Martinelli, que indicou que, "ao tirar a primeira camada" de açúcar da carga, as armas foram encontradas em dois contêineres.

O presidente panamenho, que pediu às autoridades do porto de Manzanillo averiguarem o fato, confirmou que se trata de "material bélico e balístico".

Perguntado sobre a possibilidade de mísseis fazerem parte deste carregamento, Martinelli afirmou desconhecer o tema.

"Que o mundo saiba que material bélico não declarado não pode passar pelo Canal do Panamá", afirmou Martinelli, que também ressaltou que tanto o capitão do navio como os 35 tripulantes, que se encontram detidos, travaram uma forte resistência.

EFE   
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