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América Latina

Nº de mortos pelo terremoto chega a 708, diz Bachelet

28 fev 2010 - 15h39
(atualizado às 16h18)
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A presidente do Chile, Michelle Bachelet, disse neste domingo que o número de mortos pelo terremoto de 8,8 graus na escala Richter que atingiu o país chegou a 708, mas pode aumentar. "A catástrofe é enorme", disse Bachelet.

Havaí se prepara para tsunami após terremoto:

Edmundo Pérez Yoma, ministro do Interior, afirmou que o policiamento foi reforçado para evitar saques. "Vamos decretar estado de catástrofe, que nos permite (...) acionar forças armadas", disse Yoma, que afirmou que houve uma rebelião, com uma fuga. "O problema principal que temos agora se chama energia. É o problema mais angustiante no momento", disse o ministro, que afirmou que pedirá cooperação das distribuidoras de energia.

Segundo a presidente, se trabalha para restabelecer a energia elétrica. O governo diz ainda que o problema da eletricidade é por falta de distribuição, e não de geração.

Quanto à distribuição de água, afetada pela falta de energia, Bachelet afirma que são utilizados caminhões para enviar água às zonas afetadas. A presidente afirmou também que as forças armadas ajudarão na entrega de comida e objetos para as vítimas da tragédia.

Bachelet disse que se avalia o dano estrutural causado pelo tremor e especialistas vão avaliar a segurança de prédios afetados. A presidente disse também que foi criada uma conta para doações de pessoas e de organismos internacionais.

Tragédia no Chile
Centenas de pessoas morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos chega a 708, segundo o governo. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

Fonte: Redação Terra
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