Multidão comemora 10 anos de governo Kirchner em Buenos Aires
Nem mesmo a nomeação de um Papa argentino levou tanta gente à Praça de Maio, em Buenos Aires. Mais de 700 mil pessoas foram ao local neste sábado para comemorar os 10 anos de Kirchnerismo e o dia da Pátria, 25 de maio.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, fechou a cerimônia com um discurso emocionado no qual pediu à população presente que "cuidasse das realizações obtidas". "Eu não sou eterna e tampouco quero ser", disse. "Por isso, é necessário dar poder ao povo, à sociedade através dessas reformas e conquistas para que ninguém possam roubá-las", afirmou.
A presidente subiu ao palco logo no começo da noite , onde aguardavam membros do gabinete, governadores e figuras políticas e sociais além de representantes de organismos de direitos humanos. Diante de uma multidão que se espalhou pela Avenida de Maio, cobrindo de gente as duas vias diagonais até os limites da Avenida 9 de Júlio.
O público presente era bastante heterogêneo, formado por famílias, idosos, militantes, turistas, curiosos, jovens estudantes e professores. O sociólogo e professor da Universidad de Buenos Aires Héctor Palomino, 66 anos, foi sozinho participar da festa. "Este governo mudou a Argentina, conseguiu reconstruir a esperança nesse país. Quando assumiram o poder em 2003, as pessoas pensavam que não seria possível sair do fundo do poço", afirmou.
Suzana Espinosa, 55 anos, membro de uma associação de pequenos agricultores e pecuaristas da província de General Belgrano, compareceu em caravana para brindar o governo que, segundo ela, "melhorou e muito a situação dos pequenos produtores como nós, com programas de subsidios, concesão de empréstimos e outros tipos de financiamento que nos permitiram sobreviver".
O feriado deste sábado foi o motivo para que muitas famílias comparecessem à praça com seus filhos, como as irmãs Ayelen Doscona, 25 anos, e Lilen Doscona, 27. Ambas levaram seus bebês de menos de um ano para comemorar a década de Kirchnerismo. "Nós confiamos que essa seria uma festa para a família, algo tranquilo. Por mais que os meios opositores queiram incutir medo na gente, sabíamos que não encontrariamos problemas vindo para cá", disse Ayelen.
As irmãs afirmam estar muito satifeitas com o atual governo, contrariando o discurso de que Cristina esteja perdendo popularidade em função de sua dura política economica. "Para mim, o que mudou nesses 10 anos é que o país melhorou 100%, no que se refere a economia, no aspecto social e trabalhista. Hoje não falta trabalho para ninguém", disse Ayelen, justificando sua presença no ato.
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