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Morte de Hugo Chávez

Vargas Llosa classifica Lula de "propagandista" de Chávez

11 abr 2013 - 00h31
(atualizado às 07h50)
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Vargas Llosa fala durante o evento em Rosário; o peruano é crítico ferrenho do chavismo
Vargas Llosa fala durante o evento em Rosário; o peruano é crítico ferrenho do chavismo
Foto: EFE

O escritor peruano Mario Vargas Llosa criticou nesta quarta-feira, durante um fórum de dirigentes conservadores na cidade argentina de Rosário, vários líderes regionais, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chamado de "propagandista entusiasta" do chavismo.

"É um espetáculo verdadeiramente lamentável a cumplicidade com que presidentes democráticos atuam no plano internacional, apoiando, por exemplo, regimes populistas, ditatoriais, como o de Hugo Chávez, sem falar na ditadura cubana", disse o Nobel da Literatura, que citou Lula, o peruano Ollanta Humala e até o conservador Sebastián Piñera, líder do Chile.

"O caso mais escandaloso talvez seja o de Lula", acrescentou Vargas Llosa, que se perguntou "como é possível" que o ex-líder promovesse a pluralidade política e econômica no Brasil e, paralelamente, fosse "um propagandista entusiasta do chavismo, de tudo o que representa Chávez, ou seja, a negação absoluta da democracia, da liberdade, dos princípios que regularam a política do governo Lula".

"Infelizmente, o caso de Lula não é um caso isolado. Vimos presidentes tão democráticos como Piñera abraçando o cadáver de Chávez, fazendo elogios a Chávez. Vimos o presidente do meu país, o presidente Humala, que é um presidente democrático e que está fazendo excelentes políticas econômicas e democráticas no Peru, declarando em Caracas que Chávez é um modelo a ser seguido pelos presidentes latino-americanos", disse. "Que contradições tão absolutamente aberrantes, incompreensíveis! Que falta de coerência!", insistiu.

"Acho que a conclusão é muito triste: os países latino-americanos liderados por ditadores só podem contar consigo mesmos, porque os governos democráticos lhes dão as costas e, às vezes, cravam punhaladas em suas costas", concluiu Vargas Llosa após participar do fórum de dirigentes conservadores organizado por ocasião do 25º aniversário da Fundação Libertad.

EFE   
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