PUBLICIDADE

Morte de Hugo Chávez

Revista britânica 'The Economist' chama legado de Hugo Chávez de 'podre'

Reportagem diz que Chávez usou os bilhões gerados pelo petróleo para "comprar votos" através de programas sociais

7 mar 2013 - 21h33
(atualizado às 21h34)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>'Hugo Chávez, um legado podre' é o título da capa da 'The Economist'</p>
'Hugo Chávez, um legado podre' é o título da capa da 'The Economist'
Foto: The Economist / Reprodução

A revista britânica The Economist publicou em seu site uma longa reportagem chamando de “podre” o legado do presidente da Venezuela Hugo Chávez, que morreu de câncer aos 58 anos na última terça-feira. No texto, a publicação diz que na década de 90 “parecia que a América Latina tinha virado a página dos regimes militares e abraçado a democracia” quando o “arrogante ex-tenente-coronel Hugo Chávez” foi eleito presidente.

A revista diz que o mandatário “concentrou o poder em suas mãos” e manipulou as leis em benefício próprio. “O chavismo acabou sendo uma fórmula de sucesso: Chávez ganhou quatro eleições”, lembra a reportagem, citando que o presidente perdeu apenas um dos seis referendos que promoveu em 14 anos de governo.

Seguidores de Chávez se sentem órfãos, diz professora:

Para a publicação, Chávez “gerou imitadores em outros lugares da América Latina”. A The Economist afirma que o sucesso de Chávez se deve ao seu “próprio talento político”. “Nascido na obscuridade de uma província, ele provou ser um ator natural e comunicador, com uma capacidade inigualável de empatia com os venezuelanos comuns, combinados com muita astúcia”, segue o texto.

O segundo fator, de acordo com a revista, são os bilhões de dólares gerados pelo petróleo. “A generosidade alimentada pelo petróleo parecia justificar sua afirmação de que antes de chegar ao poder, os venezuelanos foram empobrecidos pelo ‘neoliberalismo’”, diz a reportagem.

“Por trás da propaganda, a feia realidade da Venezuela é de um regime corrupto, cínico e incompetente”. A revista ainda afirma que é “lamentável” que Chávez não estará vivo para “colher as tempestades do que semeou”. A The Economist aposta que “as piores coisas” começarão agora na Venezuela.

“Apesar de seu efeito maléfico sobre a Venezuela, o chavismo vai sobreviver à morte do seu criador, assim como o peronismo sobreviveu ao falecimento do coronel Juan Perón na Argentina”, afirma a revista. Por fim, a publicação britânica diz que agora que Chávez morreu “os democratas da América Latina têm uma tarefa mais fácil”. 

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade