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América Latina

Morte de Pablo Neruda não foi criminosa, dizem pesquisadores

28 mai 2015 - 14h38
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Pesquisadores espanhóis que investigaram a morte do poeta chileno Pablo Neruda no início dos anos 1970 para determinar se ele foi envenenado não encontraram provas conclusivas de nenhum delito, de acordo com um relatório inicial entregue ao juiz encarregado do inquérito.

Lápide em túmulo do poeta chileno Pablo Neruda em Isla Negra. 7/4/2013.
Lápide em túmulo do poeta chileno Pablo Neruda em Isla Negra. 7/4/2013.
Foto: Eliseo Fernandez / Reuters

O governo do Chile reabriu a investigação da morte de Neruda em janeiro, com novos exames concebidos para procurar danos nas proteínas causados por agentes químicos, o que indicaria envenenamento.

Especialistas forenses da Universidade de Múrcia encontraram três tipos de proteína nos restos mortais do prêmio Nobel Neruda, duas das quais poderiam ser explicadas por um câncer de próstata em estado avançado, afirmou o relatório visto pela Reuters nesta quinta-feira.

A fonte da terceira proteína não ficou clara de imediato, mas pode se dever a causas naturais, como uma infecção, ou à manipulação póstuma do corpo, segundo o documento.

Agora um painel de especialistas irá examinar as provas, e ainda se espera uma análise genômica.

Acredita-se que Neruda, famoso por seus poemas de amor apaixonados e pela rigidez de sua opiniões comunistas, morreu de câncer dias após o golpe de Estado de 1973, que inaugurou a ditadura brutal do general Augusto Pinochet.

Mas o motorista do poeta afirmou que os agentes de Pinochet se aproveitaram da doença de Neruda para injetar veneno em seu estômago quando ele estava no hospital. Testes iniciais em seu corpo, exumado em 2013, não revelaram indícios de restos de veneno.

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