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América Latina

Morales expulsa órgão americano por suposta interferência

1 mai 2013 - 10h28
(atualizado às 11h00)
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou nesta quarta-feira a expulsão da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), que acusou de "continuar conspirando" contra seu governo como, segundo disse, fez antes a Embaixada desse país em La Paz.

"Não faltam algumas instituições da Embaixada dos EUA (para) continuar conspirando neste processo contra as pessoas e especialmente o governo nacional e por isso aproveitando em 1º de maio, quero informar-lhes que decido expulsar a Usaid da Bolívia. Se vai Usaid da Bolívia", disse Morales em um ato em La Paz.

Morales, que governa o país desde 2006, afirmou que a agência americana está na Bolívia "com fins políticos e não com fins sociais".

O governo de Bolivia expulsou em 2008 o embaixador dos Estados Unidos e a agência de combate às drogas DEA pelo mesmo motivo.

"Nunca mais a USAID, que vai manipulando, que vai utilizando nossos irmãos dirigentes, que vai usando a alguns companheiros de base com esmolas", insistiu diante de milhares de pessoas no Dia do Trabalho, evento que aproveitou para anunciar diversas medidas a favor dos trabalhadores.

Morales criticou fortemente em seu discurso declarações recentes do secretário Estado americano, John Kerry, sobre a região. "Seguramente (Estados Unidos) pensarão ainda que aqui se pode manipular politicamente, economicamente: isto era em tempos passados", disse.

Morales pediu ao chanceler David Choquehuanca que comunique à embaixada dos Estados Unidos "a expulsão da USAID (...) este instrumento que ainda tem uma mentalidade de dominação, de submissão". "Este é um protesto ante esta mensagem do chanceler dos Estados Unidos (..) que diz que a América Latina é o pátio traseiro dos Estados Unidos", completou.

Morales promulgou diversas leis a favor dos trabalhadores e citou no discurso o sétimo aniversário da nacionalização dos combustíveis bolivianos, que afetou em 2006 várias multinacionais petroleiras.

Com informações das agências AFP e EFE

Fonte: Terra
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