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América Latina

Morales diz que ele e Maduro se sentem "sozinhos" na região

11 dez 2015 - 13h17
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou em entrevista publicada nesta sexta-feira por um jornal argentino que "dói muito ver" o novo panorama político na região e que ele e seu colega venezuelano, Nicolás Maduro, se sentem "sozinhos", embora "não assustados".

"Com o novo presidente (da Argentina, Mauricio Macri) tenho o desejo de criar confiança, com sinceridade e diálogo, pensando sempre em nossos povos. Nunca tive amizade com ele e queremos construir uma amizade, porque nossos povos se necessitam mutuamente. Podemos fornecer algo para a Argentina", disse Morales ao jornal "Página/12".

O líder boliviano, que viajou à Argentina para participar da posse de Mauricio Macri e esteve presente no ato de despedida de Cristina Kirchner na quarta-feira, ratificou que, embora com o kirchnerismo houve "uma confiança única", na Unasul "respeitamos o presidente que ganha".

Próximo à cúpula do Mercosul no Paraguai e perante a mudança de tendências políticas na região, Morales comentou sobre esse cenário e como se sente. "Nos sentimos sozinhos, eu e Maduro, me dói muito ver este panorama político regional. Mas sei que os trabalhadores não somente da Bolívia, mas da América Latina vão caminhar. Também não estamos assustados".

Não há data, por enquanto, para uma primeira reunião bilateral com Macri, explicou Morales, que apontou também que convidou Cristina para visitar a Bolívia. "Agora vai ter tempo", disse.

"Pode vir para dar conferências, sou muito admirador de sua linha política", acrescentou.

Sobre a situação no Brasil, Morales opinou que Dilma Rousseff enfrenta "um golpe parlamentar de imaturos".

Também minimizou a importância das últimas pesquisas que afirmam que a maioria do povo boliviano votará contra a reforma constitucional para permitir sua reeleição.

"Temos certeza que vamos ganhar, porque queremos um período a mais para continuar com a agenda patriótica, garantindo os investimentos. O melhor é consultar o povo: se o povo me quiser, seguirei, se não, respeitei. É o mais democrático", concluiu.

EFE   
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