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América Latina

Morales anuncia que batalhará para descriminalizar comércio de folha de coca

1 jan 2016 - 14h02
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou nesta sexta-feira que abrirá outra batalha para tentar descriminalizar o comércio internacional da folha de coca, após ter conseguido em 2013 que as Nações Unidas reconhecessem o hábito de camponeses e indígenas bolivianos de mastigá-la.

"É a segunda batalha que é preciso ter. Estamos preparados", disse o líder em discurso para um setor de comerciantes de folha de coca na cidade de Yacuiba, na fronteira com a Argentina.

Morales sustentou que o objetivo é "descriminalizar em nível internacional" a circulação da folha de coca.

A planta tem na Bolívia usos industriais e culturais reconhecidos e protegidos pela Constituição, mas a coca também é a matéria-prima para a produção da cocaína.

Em 12 de março de 2013, a ONU aceitou o reingresso da Bolívia na Convenção sobre Entorpecentes de 1961, com uma ressalva sobre a prática da mastigação da coca, "acullicu", que até então era vetada por esse documento.

No entanto, as Nações Unidas mantiveram a proibição do comércio internacional da planta por conter alcaloides que permitem fabricar cocaína.

Morales, que continua a ser o líder dos cocaleiros da região central de Chapare, disse que em suas recentes viagens à Europa ofereceram licores a base em coca e que, segundo ele, certamente foram elaborados de forma reservada.

"Apesar da criminalização da folha de coca, neste momento continuam levando coca à Europa", disse o líder.

Ao mesmo tempo, o presidente boliviano ratificou que continuará a combatee o narcotráfico, com uma política que teve resultados sem a ajuda da agência americana antidrogas, que foi expulsa em 2008 do país acusada de estar vinculada a uma conspiração política.

As forças antidrogas da Bolívia apreenderam em 2015 20,6 toneladas de cocaína, 83 toneladas de maconha e destruíram 11.025 hectares de cultivos ilegais de folha de coca.

EFE   
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