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Mundo

Militares prendem presidente de Honduras

28 jun 2009 - 09h47
(atualizado às 11h40)
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Militares de Honduras prenderam o presidente do país, Manuel Zelaya, neste domingo, informou seu secretário pessoal, Eduardo Enrique Reina. A casa de Zelaya foi cercada por soldados. Cortes de luz foram registrados em diversos pontos do país.

Militar ameaça cinegrafista durante operação na casa do presidente Manuel Zelaya, em Tegucigalpa
Militar ameaça cinegrafista durante operação na casa do presidente Manuel Zelaya, em Tegucigalpa
Foto: EFE

Reina disse à imprensa local que, "com muita preocupação, a Guarda de Honra informou que o presidente foi detido pelos militares e levado a (instalações da) Força Aérea". Além de pedir ao povo e aos políticos hondurenhos que se "manifestem em defesa da democracia", o secretário afirmou que o caso "já foi denunciado à comunidade internacional".

Zelaya foi detido por militares entre 5h e 6h (8h e 9h de Brasília). No momento da prisão, ele estava no palácio presidencial, que permanece cercado por cerca de 300 soldados. A detenção do chefe de Estado aconteceu aproximadamente duas horas antes do início da "consulta popular" convocada por Zelaya para votar uma reforma constitucional, declarada ilegal por órgãos como o Parlamento e a Suprema Corte.

O presidente de Honduras pode ter sido tirado do país pelos militares, afirmaram fontes ligadas à família do chefe de Estado, que se referiram à situação como um "autêntico golpe de Estado". As fontes, que pediram para não serem identificadas, disseram que Zelaya e sua família foram tirados algemados da sede da Presidência pelos militares que invadiram o local.

Pouco mais de uma hora depois da detenção de Zelaya, por volta das 7h (10h de Brasília), a transmissão das rádios foi interrompida por instantes, mas voltou ao normal após alguns minutos. Os meios de comunicação estão pedindo à população que fique em casa e aguarde um comunicado oficial de uma autoridade não especificada.

A recusa das Forças Armadas em colaborar com o presidente na consulta mantinha o país numa situação de crise política há alguns dias. Na quarta-feira, Zelaya destituiu o chefe das Forças Armadas hondurenhas, Romeo Vásquez. Dois dias depois, o presidente disse que Vásquez continuava no cargo e que apenas havia anunciado a destituição do oficial, não chegando a executá-la.

Com infomações da AFP.

EFE   
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