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América Latina

Milhares de manifestantes pedem renúncia do primeiro-ministro islandês

4 abr 2016 - 18h24
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Milhares de pessoas protestaram nesta segunda-feira em frente ao parlamento de Reykjavik para exigir a renúncia do primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur David Gunnlaugsson, após as revelações do caso Panama Papers de que manteve com sua esposa uma empresa em um paraíso fiscal.

Segundo a imprensa local, durante a manifestação foram lançados ovos contra a sede do parlamento.

Os partidos de oposição já formalizaram a solicitação de um voto de censura, no qual se pede a retirada da confiança ao político, a dissolução do parlamento e a convocação de novas eleições.

Horas antes, Gunnlaugsson tinha expressado à TV estatal islandesa sua determinação de cumprir seu mandato até o fim para que os eleitores mostrem seu parecer no pleito previsto para 2017.

Os Panama Papers, divulgados por diversos veículos de imprensa internacionais e pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, mostram que Gunnlaugsson e sua esposa, Sigurlaug Pálsdóttir, eram donos de uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas chamada Wintris, com quase US$ 4 milhões em bônus nos três principais bancos islandeses, que afundaram na crise de 2008.

Líder do Partido Progressista, Gunnlaugsson entrou no parlamento islandês em 2009, e no final desse ano vendeu seus 50% de participação na Wintris a sua esposa por um dólar.

O primeiro-ministro insistiu que em nenhum momento ele ou sua mulher fizeram uso dessa companhia para evitar pagar impostos na Islândia.

Perguntado se pediria perdão por ter recorrido a um paraíso fiscal, Gunnlaugsson afirmou que deveria se desculpar por abandonar uma entrevista ontem na qual foi questionado a respeito dessa offshore.

Gunnlaugsson chegou ao cargo de primeiro-ministro em 2013 com o apoio do Partido da Independência, cujo líder, Bjarni Benediktsson, atual ministro das Finanças, também aparece nos chamados Panama Papers.

EFE   
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