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América Latina

Mercosul deve discutir decisão sobre maconha, diz ex-presidente uruguaio

21 jun 2012 - 09h40
(atualizado às 09h57)
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Para o ex-presidente uruguaio Tabaré Vásquez, a decisão do atual governo - que anunciou na quarta-feira que pretende legalizar a venda de maconha - precisa ser discutida entre os países que integram o Mercosul. "O negócio da droga deve ser analisado com profundidade para ver como podemos discutir esse tema", disse Vásquez em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta quinta-feira.

Para o ex-presidente uruguaio Tabaré Vásquez, países so Mercosul devem discutir a legalização da maconha
Para o ex-presidente uruguaio Tabaré Vásquez, países so Mercosul devem discutir a legalização da maconha
Foto: AFP

O ex-presidente também afirmou que a intenção do atual governo não é produzir e distribuir a droga, como vem sendo divulgado depois que o ministro da Defesa, Eleuterio Fernández Huidobro, declarou que haverá um controle severo do Estado sobre a produção e a distribuição da droga. A decisão é inédita na América Latina.

A proposta foi apresentada em meio a uma série de medidas analisadas pelo governo do presidente José Mujica com o objetivo de combater a violência no país. Atualmente, o Parlamento uruguaio analisa três projetos de lei, de distintos partidos, que preveem a legalização do cultivo de maconha para consumo próprio, mas o governo teme que a medida seja utilizada pelo narcotráfico para transformar o país em um centro de fabricação e distribuição internacional de drogas.

Fontes do Ministério do Interior explicaram que a iniciativa requer um projeto de lei que ainda deve ser redigido. Segundo informações da imprensa uruguaia, o governo pretende estabelecer registros de consumidores para outorgar-lhes até 40 cigarros (de maconha) por mês e a comercialização da droga incluirá um imposto destinado à reabilitação de pessoas viciadas.

Fonte: Terra
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