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Mundo

Membros da OEA comemoram acordo em Honduras

30 out 2009 - 22h09
(atualizado em 31/10/2009 às 06h04)
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A Organização dos Estados Americanos (OEA) comemorou nesta sexta-feira o acordo alcançado sobre a crise política em Honduras e anunciou que enviará duas missões ao país, uma para verificar o processo de solução e outra de supervisão eleitoral.

As delegações do presidente de fato, Roberto Micheletti, e do governante deposto, Manuel Zelaya, anunciaram ontem à noite em Tegucigalpa que tinham chegado a um acordo para acabar com o conflito iniciado em 28 de junho, data do golpe de Estado que derrubou Zelaya.

Agora, a tensão passa ao Congresso hondurenho, já que, segundo o Acordo de Tegucigalpa-San José, o Parlamento deverá definir se Zelaya será restituído no poder.

O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, disse no Conselho Permanente da entidade, convocado hoje para debater os últimos eventos em Honduras, que era "um dia festivo para todos".

No entanto, houve quem pediu cautela, como o embaixador venezuelano da OEA, Roy Chaderton, que considerou "apressado" comemorar qualquer decisão até que se veja um "compromisso total".

O representante dos EUA na OEA, Lewis Amselem, falou que hoje "é um bom dia para a causa da resolução pacífica dos conflitos, para os direitos humanos, o povo de Honduras, a Carta Democrática Interamericana, e por que não, o futuro da OEA".

Para Amselem, o acordo não vai ser fácil. "Não podemos tomá-lo como um fato. Ainda é preciso trabalhar", disse o americano.

O representante da Nicarágua, Denis Moncada, também mostrou cautela e disse que a crise está aberta até que o Congresso hondurenho restitua Zelaya.

Insulza informou que deve haver um Governo de unidade e reconciliação nacional em Honduras até o próximo dia 5 e anunciou a pronta designação dos dois membros da comissão verificadora, cuja missão será "resolver qualquer dúvida que haja sobre o acordo e verificar que está sendo cumprido".

Além disso, a OEA enviará uma missão eleitoral para supervisionar o pleito marcado para o próximo dia 29 em Honduras.

Segundo Insulza, o envio da missão precisa habitualmente de um mínimo de 40 dias de antecedência, mas, neste caso, "há muito trabalho feito".

Por sua vez, o embaixador da Bolívia na OEA, José Pinelo, propôs que a entidade celebre uma assembleia extraordinária em Tegucigalpa, um dia antes das eleições, para discutir o fim da suspensão de Honduras do organismo.

O presidente do Conselho Permanente da OEA, Luis Hoyos, disse que a iniciativa será discutida durante o final de semana e debatida provavelmente na semana que vem.

Segundo a agência AFP, o documento firmado entre os representantes de Micheletti e Zelaya definiu que um governo de coalizão deverá ser firmado até o dia 5 de novembro.

Com informações das agências EFE e AFP.

Fonte: Redação Terra
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