A maioria dos latino-americanos consideram que o narcotráfico aumentou nos últimos cinco anos e que há mais drogas nas ruas, segundo um estudo de opinião publicado nesta terça-feira, no qual mais da metade dos entrevistados se pronunciaram pela "maconha legal".
Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada pelo Observatório Latino-Americano de Políticas de Drogas e Opinião (OPDOP) do centro de análises Asuntos del Sur, uma entidade independente de reflexão sobre políticas públicas.
Segundo o estudo, que reúne respostas de quase 9.000 pessoas em nove países da região (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, México, Peru e Uruguai), 67% estimam que o tráfico de drogas aumentou nos últimos cinco anos. Por sua vez, 75% acreditam que há mais drogas disponíveis.
Neste contexto, o informe aponta que "em nível regional" quando as pessoas são consultadas sobre a afirmação "a maconha deveria ser legal", 2,83 dizem estar de acordo em uma escala de 5, onde 1 é a menor aprovação e 5 a maior.
Marcha seguiu pela avenida Paulista
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press
Ativista levou um "baseado" gigante na marcha da Avenida Paulista
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press
Oitava Marcha da Maconha, em defesa da legalização da droga no Brasil, reúne ativistas em SP
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press
Para ativistas, este é o primeiro passo rumo ao fim da “guerra às drogas"
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press
Segundo PM, 35 pessoas ocupavam a região por volta das 15h com cartazes e desenhos sobre o tema.
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press
Marcha em defesa da legalização da maconha teve início no vão livre do Masp, na Avenida Paulista
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press
Ativistas se reúnem na tarde deste sábado (23) na Avenida Paulista
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press
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Na região, acrescenta o documento, Bolívia e El Salvador são os países estudados nos quais a população tem maior reticência em relação à legalização. O Chile é o país com maior aprovação deste tipo de medidas.
Neste sentido, o mecanismo de regulação da maconha adotado no Uruguai, que permite o cultivo para consumo próprio e busca estabelecer um sistema de distribuição de maconha sob a égide do Estado, recebe um apoio médio de 2,33 em 5, inferior ao obtido no ano passado no mesmo estudo.
Cartaz com os escritos em francês Je suis maconheira (eu sou maconheira)
Foto: Jose Lucena / Futura Press
Manifestante levou biscoitos para a Marcha da Maconha
Foto: Jose Lucena / Futura Press
Na praia, os manifestantes relaxaram
Foto: Jose Lucena / Futura Press
"Liberdade aos cultivadores", pediram os participantes da Marcha da Maconha
Foto: Jose Lucena / Futura Press
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Segundo Eduardo Vergara, um dos fundadores do Observatório responsável pela pesquisa, existem consensos na região que reconhecem "que os enfoques proibitivos não foram bem-sucedidos em terminar com o problema (das drogas ilícitas), mas que, pelo contrário, contribuíram para fortalecê-lo".
Produtos para o cultivar maconha se multiplicam no Uruguai: