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América Latina

Maduro denuncia "provocações" da Guiana e defende mediação da ONU em litígio

28 jul 2015 - 14h17
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta terça-feira ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, as "provocações" do presidente da Guiana, David Granger, e pediu que inicie o mais rápido possível uma comissão para intermediar o conflito bilateral pelo Essequibo.

Em declarações aos jornalistas na sede da ONU em Nova York, Maduro afirmou que Ban aceitou sua proposta e se comprometeu a "ativar uma comissão imediatamente" para que visite Venezuela e Guiana a fim de impulsionar uma resolução "através do Acordo de Genebra".

O presidente venezuelano, que considerou a reunião "muito frutífera", disse que insistiu com Ban sobre "a necessidade de uma diplomacia de paz" e de "continuar canalizando todos os assuntos pendentes da Guaiana Essequiba" através do acordo selado em 1966.

O Acordo de Genebra estabelece uma série de passos para a resolução do conflito territorial que até hoje não foram cumpridos.

Venezuela e Guiana reivindicam a posse do Essequibo, um território de 160 mil quilômetros quadrados rico em recursos naturais, assim como suas águas.

As difenças se intensificaram depois que, em maio, a companhia petrolífera americana Exxon Mobil descobriu uma jazida em águas que supostamente estão na região do litígio, o que Maduro respondeu com um decreto que, segundo Guiana, modifica as fronteiras já estabelecidas com um laudo arbitral.

Segundo Maduro, o chefe da ONU propôs hoje uma possível reunião com o presidente Granger em setembro, quando sera celebrado o aniversário de 70 anos das Nações Unidas.

Maduro lembrou que na última Cúpula do Mercosul foi acordado propor uma reunião de presidentes da Unasul, da qual fazem parte tanto Venezuela como a Guiana, para tratar o conflito. No entanto, disse que foi informado "extraoficialmente que o presidente Granger se nega a comparecer" a essa possível reunião.

O presidente venezuelano acusou Granger tomar "decisões graves" contra o previsto no acordo de 1966 e de "enchr de tensão as relações entre Guiana e Venezuela e as relações do Caribe, que vêm transcorrendo em paz e tranquilidade".

Segundo Maduro, a Exxon Mobil é o "fator perturbador principal que levou as relações a esta máxima tensão".

EFE   
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