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América Latina

Maduro ataca Capriles em homenagem a Chávez

12 mar 2013 - 22h52
(atualizado às 22h53)
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O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a criticar a oposição, nesta terça-feira, durante uma homenagem diante da câmara-ardente com o corpo do líder venezuelano Hugo Chávez, exatamente uma semana após sua morte.

"Trataram de profanar sua honra em vida, mas não conseguiram, e agora tentam profanar seu espírito eterno, mas também não conseguirão. Pedimos que não cedam ao seu rancor e ao seu ódio", disse Maduro sobre a oposição, durante uma cerimônia no Salão de Honra da Academia Militar de Caracas, uma semana após a morte de Chávez.

No domingo, ao anunciar sua candidatura à presidência da Venezuela nas eleições de 14 de abril, Capriles acusou Maduro de mentir sobre a morte de Chávez.

"Quem sabe quando morreu o presidente Chávez?! Vocês (os chavistas) tinham tudo armado (...) e agora utilizam o corpo do presidente para fazer campanha política".

"Esta campanha é entre eu e você, Nicolás, deixe o presidente (Chávez) em paz", declarou Capriles, governador do Estado de Miranda.

Os familiares de Chávez reagiram nesta terça afirmando que Capriles ofendeu a memória do finado presidente ao questionar a data de sua morte.

"Não é justo, não é humano, não é aceitável que agora digam que mentimos sobre a data de sua partida (...). Afirmo que me pai morreu lutando e morreu em sua pátria no dia 5 de março", disse María Gabriela, uma das filhas de Chávez, em carta lida pelo ministro da Informação, Ernesto Villegas.

"É inconcebível pensar que uma família inteira - filhos, irmãos, netos e pais - tenham se prestado a tamanha mentira", lamentou a filha de Chávez, pedindo a Capriles e à oposição que "não sejam tão sujos".

Momentos antes, Argenis, um dos irmãos de Chávez, acusou Capriles de "desrespeitar a memória do presidente" e sua família.

"Este senhor, de maneira irresponsável, baixa, imoral e desumana disse em entrevista coletiva que ninguém sabe quando Chávez morreu. Isto é uma falta de respeito com a memória do presidente e uma falta de respeito com a dignidade da família", afirmou Argenis à televisão estatal VTV.

Maduro, candidato 'chavista" às eleições de 14 de abril para apontar o substituto de Chávez, tem utilizado abertamente o finado presidente em sua campanha declarada à presidência.

A campanha oficial terá início apenas no dia 2 de abril.

Na segunda-feira, Capriles pediu novamente a Maduro que deixe o finado presidente Chávez fora da disputa eleitoral.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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