PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

América Latina

Maduro ameaça "radicalizar" revolução se violência persistir

Maduro obteve uma apertada vitória nas eleições do domingo com apenas 272.865 votos de diferença

16 abr 2013 - 18h19
(atualizado às 18h32)
Compartilhar
Exibir comentários

O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, ameaçou nesta terça-feira "radicalizar" a revolução se a violência persistir, após manifestações que deixaram sete mortos na segunda-feira.

"Se a violência seguir, o que podemos fazer é radicalizar esta revolução", disse Maduro durante um encontro com diretores da Petróleos da Venezuela (PDVSA) transmitido obrigatoriamente por televisões e rádios.

Maduro insistiu que "está disposto a radicalizar a revolução, ir fundo nas causas de miséria e da destruição econômica", e afirmou que "conta com o apoio de um povo e de uma Força Armada Nacional Bolivariana".

Maduro afirmou que foi informado de que "infelizmente" já são "sete mortos" e indicou que "todo o país sabe quem é responsável por essas mortes" e pelos ataques às sedes do partido do Governo, o Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e de centros médicos que o Governo mantém com empregados cubanos.

"Todo mundo sabe quem é culpado por estas sete mortes. Agora não vai sair dizendo fui eu", insistiu o governante encarregado. Maduro ressaltou que não trairá o povo fazendo acordo com um "burguês" para "violar os resultados eleitorais", em alusão ao pedido de Capriles para recontagem dos votos, dada a ajustada vantagem de Maduro no pleito.

Segundo informou hoje o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Maduro ganhou com 50,78% dos votos, frente a 48,95% de Capriles, o que significa que a diferença foi de 272.865 votos. "Comigo o senhor não pode contar, burguês. Aqui não há pacto com a burguesia, aqui o que há é revolução, revolução, revolução socialista, é o que vem", acrescentou.

Horas antes, Maduro responsabilizou Capriles pelas mortes registradas na segunda-feira e disse que terá que responder por isso perante a Constituição e a lei.

Por sua parte, Capriles acusou hoje o governo de Maduro de ordenar os fatos de violência para evitar uma apuração de votos. "O ilegítimo e seu governo ordenou que exista violência para evitar a recontagem dos votos! Eles são os responsáveis!", escreveu Capriles em sua conta na rede social Twitter.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade