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América Latina

Lula visita Chile e diz que reconstrução será difícil

1 mar 2010 - 19h44
(atualizado às 20h43)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se nesta segunda-feira com sua colega chilena, Michelle Bachelet, em Santiago, onde reafirmou a ajuda brasileira ao país atingido por um forte terremoto que matou mais de 700 pessoas. Para ele, a reconstrução do país será "difícil".

Lula elogia Bachelet na chegada ao Chile:

Lula, que estava no Uruguai para a posse do presidente José Mujica, cancelou sua agenda oficial e viajou ao Chile para testemunhar os estragos causados pelo tremor. "O que nós sabemos é que vai ser difícil reconstruir tudo o que foi destruído, mas o povo chileno já está acostumado com isso", disse Lula a jornalistas ao lado de Bachelet no aeroporto de Santiago.

Na madrugada de sábado, um forte terremoto de magnitude 8,8 atingiu a região centro-sul do Chile, provocando um tsunami que arrasou a cidade de Concepción, a mais afetada pelo sismo.

Segundo o presidente, que foi o primeiro chefe de Estado a visitar o país após o terremoto, não há informações de brasileiros vítimas do tremor. Ele acrescentou que a embaixada brasileira seguirá "atenta".

Antes de embarcar em Montevidéu, Lula considerou "grave" a situação no Chile e afirmou a disposição do Brasil de ajudar o país financeiramente. "Eu vou até o Chile porque me parece que a coisa é mais grave do que a gente sabia", disse.

"Obviamente que o Brasil estará disposto a dar uma ajuda financeira se o Chile precisar." Na quarta-feira, um hospital de campanha da Marinha e equipes de busca e salvamento da Defesa Civil devem ser enviados ao Chile para ajudar nos trabalhos de resgate.

Na quarta-feira, um hospital de campanha da Marinha e equipes de busca e salvamento da Defesa Civil devem ser enviados ao Chile para ajudar nos trabalhos de resgate.

Tragédia no Chile
Centenas de pessoas morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos passa de 700, e o número de afetados chega a 2 milhões, segundo o governo. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago chegou a ser fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

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