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América Latina

Líder de Farc já está em Havana para anúncio junto com presidente da Colômbia

23 set 2015 - 11h26
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O líder máximo das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como "Timochenko", já está em Havana para anunciar nesta quarta-feira junto com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, o acordo alcançado pelas partes no ponto da justiça transicional, confirmaram à Agência Efe os negociadores da guerrilha.

Santos viajará hoje à tarde para Havana, a delegação governamental já havia partido ontem para finalizar com a equipe de paz das Farc os detalhes do acordo.

Ambos terão um encontro junto com os negociadores de paz e posteriormente farão o anúncio conjunto do acordo sobre justiça transicional, um dos temas mais delicados das negociações de paz, que as partes discutem há meses.

Fontes das Farc disseram à Agência Efe que o anúncio será feito cerca de 17h (18h em Brasília) no salão de protocolo de Laguito, em Havana.

A participação de "Timochenko" no encontro de hoje ainda não foi confirmada pelo governo, mas em várias entrevistas nos últimos meses Santos manifestou sua disposição de se reunir com o máximo chefe das Farc se isso contribuir para o avanço do processo de paz.

Desde que os diálogos de paz começaram, em novembro de 2012, "Timochenko" esteve pelo menos duas vezes em Havana onde, com autorização de Santos, se reuniu com o chefe negociador do governo, Humberto de la Calle, confirmou em maio o próprio chefe de Estado.

A viagem para Cuba para se reunir com os negociadores de paz foi anunciada por Santos hoje em sua conta no Twitter e, segundo fontes oficiais, partirá antes de meio-dia, hora da Colômbia, e chegará a Havana por volta das duas da tarde, local.

"Farei escala em Havana para reunião estratégica com os negociadores para acelerar o fim do conflito. A paz está próxima", disse o presidente sobre sua viagem, ele seguirá depois para os Estados Unidos.

A justiça transicional, o aspecto sobre o qual o anúncio de hoje é esperado, é um mecanismo que permite processar os responsáveis por delitos durante o conflito armado, sem cair na impunidade.

"A justiça é o miolo das negociações de paz e com um acordo neste tema, o sonho de construir um país em paz começa a se transformar em uma realidade", disse o governo.

EFE   
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