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América Latina

Líder das Farc critica lentidão do governo colombiano em negociação de paz

16 ago 2013 - 16h13
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O comandante das Farc, Timoleón Jiménez, culpou o governo da Colômbia pelo ritmo lento das negociações de paz, por recusar-se a aceitar as propostas do movimento guerrilheiro, e rejeitou a possibilidade de que os líderes rebeldes terminem presos com a assinatura de um acordo.

O líder conhecido como "Timochenko" devolveu, em declaração transmitida nesta sexta-feira por uma rádio local, a mesma pergunta feita pelo governo do presidente Juan Manuel Santos pela falta de celeridade do processo, que já leva nove meses de duração e só alcançou acordo para um dos cinco pontos da negociação.

As partes começarão na segunda-feira o 13º ciclo das conversações realizadas em Cuba desde novembro de 2012, e as perspectivas de acordos parecem distantes sobre o complexo tema da participação política das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

"É difícil avançar quando uma das partes diz não a tudo. Há duas partes sentadas na mesa, e se uma se empenha em dizer não para tudo, a coisa se complica e demora", disse Timochenko em declarações à emissora FM, que foram gravadas previamente em uma data não divulgada.

O governo colombiano e as Farc, que buscam encerrar um conflito de quase 50 anos que já deixou mais de 200 mil mortos e milhões de desabrigados, só conseguiram chegar a um acordo parcial sobre o tema agrário, no primeiro diálogo de paz em mais de uma década.

Atualmente está em discussão a garantia para o exercício da oposição política se a guerrilha se transformar em um partido, ficando pendentes assuntos como o tráfico de drogas, a compensação a vítimas e o fim do conflito.

(Por Luis Jaime Acosta)

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