PUBLICIDADE

Mundo

Líbia tem mais de 5 mil mortos e feridos, diz partido de Chávez

22 ago 2011 - 19h05
(atualizado às 19h24)
Compartilhar

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Hugo Chávez, denunciou nesta segunda-feira que pelo menos 5 mil pessoas morreram e um número similar está em hospitais de Trípoli por conta do que considerou como uma "agressão" ao povo líbio. O deputado do PSUV Rodrigo Cabezas afirmou em entrevista coletiva que a "agressão militar" internacional promoveu a intensificação do conflito interno no país, que deixou "mais de 5 mil homens e mulheres da Líbia mortos".

Em imagem aérea, fumaça cobre parte de um bairro de Trípoli, quase totalmente dominada pelos rebeldes
Em imagem aérea, fumaça cobre parte de um bairro de Trípoli, quase totalmente dominada pelos rebeldes
Foto: AFP

"Há neste momento só em Trípoli mais de 5 mil feridos em hospitais abarrotados", complementou Cabezas. O deputado citou registros, cuja fonte não especificou, segundo os quais a Otan "fez aproximadamente 7 mil ações militares na Líbia desde o início da agressão militar". "O que está ocorrendo na Líbia é uma agressão ao território e ao povo líbio", acrescentou o legislador.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, advertiu neste domingo que o imperialismo dos Estados Unidos e seus aliados da Europa estão perpetrando "um massacre" na Líbia com o fim de tomar o controle das riquezas petrolíferas do país. "Isso é o que estão fazendo na Líbia: produzindo um massacre e dando a desculpa de que estão salvando vidas. Que descaramento, que cinismo, mas é a desculpa para invadir, para tomar um país e suas riquezas", manifestou Chávez em discurso transmitido pela televisão.

Os insurgentes líbios, que lutam pelo fim do regime de Kadafi há sete meses, iniciaram o ataque definitivo a Trípoli no sábado pela tarde e agora controlam quase 90% do território da capital do país. No entanto, os rebeldes não conseguiram localizar o esconderijo do governante e não sabem se ele ainda está na Líbia.

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional

Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.

A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.

EFE   
Compartilhar
Publicidade