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América Latina

Jornalista recebeu envelope de promotor antes de sua morte

Dentro havia uma carta com informações sobre a denúncia contra a presidente Kirchner

22 jan 2015 - 19h50
(atualizado às 21h20)
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Alberto Nisman, encontrado morto em seu apartamento antes de apresentar detalhes de sua denúncia cntra a presidente Cristina Kirchner
Alberto Nisman, encontrado morto em seu apartamento antes de apresentar detalhes de sua denúncia cntra a presidente Cristina Kirchner
Foto: Marcos Brindicci / Reuters

O jornalista Laureano Pérez Izquierdo confirmou nesta quinta-feira que recebeu um envelope enviado pelo promotor argentino Alberto Nisman horas antes de ele ser encontrado morto com um tiro na cabeça dentro de seu próprio apartamento.

Izquierdo, do site argentino Infobae, revelou à imprensa local que o envelope continha uma carta com informações sobre a denúncia feita por Nisman contra a presidente Cristina Kirchner. O jornalista afirmou que se desfez rapidamente do material após ler o conteúdo.

Em declarações dadas na escadaria do escritório da promotora Viviana Fein, responsável por investigar a morte do colega, Izquierdo revelou uma relação de longos anos com Nisman. O envelope foi levado, segundo ele, por um assistente do promotor morto.

Kirchner declara que não acredita em suicídio de promotor:

"Não posso entender como ele não se aproximou de mim", criticou Viviana após saber que o jornalista tinha em seu poder material que ela desconhecia.

Na noite de quarta-feira, a polícia fez buscas na cidade de Oliveiras para encontrar o envelope, mas, segundo Izquierdo, não entraram em seu apartamento porque os agentes não tinham o endereço correto.

Alberto Nisman foi encontrado morto na madrugada da última segunda-feira em seu apartamento, horas antes de comparecer ao Congresso para detalhar a denúncia que tinha feito contra Cristina.

O promotor acusou a presidente de ter tentado encobrir a participação de iranianos em um ataque contra um centro judeu de Buenos Aires, em 1994, que deixou 85 mortos e mais de 300 feridos.

EFE   
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