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América Latina

Jeb Bush critica retirada de Cuba de lista do terrorismo

Irmão do ex-presidente George W. Bush e aspirante à Casa Branca chamou a "concessão unilateral" dos EUA de "um erro"

29 mai 2015 - 15h29
(atualizado às 16h34)
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Ex-governador da Flórida, o republicano Jeb Bush participa de um evento em Washington, em dezembro de 2014
Ex-governador da Flórida, o republicano Jeb Bush participa de um evento em Washington, em dezembro de 2014
Foto: Jonathan Ernst / Reuters

O ex-governador da Flórida e provável futuro aspirante à Casa Branca, Jeb Bush, criticou nesta sexta-feira "a concessão unilateral a Cuba" por sua retirada da lista de países patrocinadores do terrorismo elaborada pelos Estados Unidos e pediu ao Congresso americano que mantenha a pressão sobre Havana.

"Nem a repressão contínua no país, nem as atividades de desestabilização de Cuba no exterior parecem ser suficiente para deter o presidente (Barack) Obama para fazer mais concessões ao regime comunista de Havana", disse o irmão do ex-presidente George W. Bush em comunicado após a efetivação da retirada de Cuba da lista.

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"A notícia de hoje é uma prova a mais de que o presidente Obama parece mais interessado em capitular perante nossos adversários que em confrontá-los. Os líderes do Irã estão tomando nota, sem dúvida", acrescentou em referência ao acordo nuclear que está sendo negociado pelo G5+1 (formado por EUA, França, Reino Unido, China e Rússia, mais a Alemanha) com Teerã.

Cuba saiu hoje oficialmente da lista de países patrocinadores do terrorismo que é elaborada todo ano pelo governo dos EUA e na qual estava desde 1982.

O Congresso tinha 45 dias para pronunciar-se sobre a decisão tomada por Obama de tirar Cuba dessa lista, com a opção de apresentar um projeto de lei para tentar revogá-la, algo que não aconteceu.

'Barack Obama' passeia por Havana e surpreende turistas:

Jeb Bush considerou que a eliminação de Cuba da lista de estados patrocinadores do terrorismo representa "um erro" e "uma concessão unilateral" de Washington, antes que Havana "mude suas ações autoritárias" e "deixe de negar ao povo cubano seus direitos humanos básicos".

"Peço ao Congresso que mantenha a pressão sobre Cuba e responsabilize a Administração" por esta medida, concluiu o republicano.

No último dia 14 de abril, após sua histórica reunião com o presidente cubano, Raúl Castro, realizada no Panamá durante a Cúpula das Américas, Obama anunciou sua decisão de eliminar Cuba dessa lista, na qual estava junto com Irã, Sudão e Síria.

Em mensagem enviada então ao Congresso, Obama certificou que o governo de Cuba "não proporcionou nenhum apoio ao terrorismo internacional durante os últimos seis meses", e expressou "garantias de que não respaldará atos de terrorismo internacional no futuro".

As razões de Washington para manter Cuba até agora na lista eram sua suposta amparada a membros da organização terrorista basca ETA, das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e alguns fugitivos da Justiça americana.

Cuba reivindicava há anos sua retirada dessa "lista negra" e a revisão de sua designação como país patrocinador do terrorismo fez parte do histórico acordo anunciado por Obama e Castro em dezembro do ano passado para a normalização das relações bilaterais.

EFE   
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