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América Latina

Irmão de "Chacal" diz que Venezuela atuará para libertar o terrorista

8 ago 2013 - 18h52
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O venezuelano Vladimir Ramírez, irmão de Ilich Ramírez, conhecido como "Carlos, o Chacal", afirmou nesta quinta-feira que o governo de seu país se comprometeu a agir "em prol da libertação" do terrorista preso na França desde 1994.

"O governo nos garantiu que vai cumprir com seu dever constitucional de zelar pelos direitos humanos deste cidadão que está ilegalmente privado de liberdade, vítima de um sequestro", disse Vladimir Ramírez em entrevista coletiva realizada na sede do Partido Comunista da Venezuela, em Caracas.

O irmão do "Chacal" revelou que na semana passada teve contato direto com o chanceler da Venezuela, Elías Jaua, que manifestou a intenção de "retomar as ações a favor do caso Ilich".

"Essas ações serão realizadas tanto no plano jurídico como no político. Ilich está sequestrado na França por meio de um procedimento ilegal", afirmou.

Dentro das ações em favor de seu irmão, Ramírez recolhe assinaturas para a petição que entregará ao governo para exigir a repatriação de "Chacal".

Ramírez precisa de 50 mil assinaturas e revelou que até o momento conseguiu 40 mil. Segundo ele, seu irmão está "extremamente agradecido e satisfeito pela sensibilização do povo venezuelano".

A petição será entregue ao governo em 30 de agosto, Dia Internacional do Detido Desaparecido.

"Chacal", de 63 anos, foi capturado no Sudão em agosto de 1994, em uma operação dos serviços secretos que sua família considera como um "sequestro", e desde então permanece preso na França.

No final de junho, o terrorista recebeu sua segunda condenação à prisão perpétua na França por quatro atentados cometidos no país em 1982 e 1983, nos quais 11 pessoas morreram e cerca de 200 ficaram feridas.

Sua advogada e sua família denunciaram a "ausência total de assistência consular" durante o julgamento, no qual, segundo Ramírez, foram cometidas violações ao devido processo.

O governo da Venezuela lembrou recentemente o apreço que o falecido presidente Hugo Chávez tinha por "Chacal" e sustentou que "continua atento" ao processo judicial.

O país também destacou a "importância de garantir, conforme os tratados internacionais em matéria judicial e consular, o exercício irrenunciável, indivisível e interdependente dos direitos humanos sem discriminação alguma".

EFE   
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