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América Latina

Interpol enviará equipe de identificação de vítimas ao Haiti

15 jan 2010 - 14h04
(atualizado às 15h02)
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A Interpol enviará na próxima segunda-feira ao Haiti uma equipe de especialistas em identificação de vítimas em desastres, informou nesta sexta a organização.

infográfico haiti terremoto porta-avião navio hospital
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Foto: Reuters

"Claramente, a prioridade agora é encontrar e resgatar tantos sobreviventes quanto for possível", disse o diretor de Apoio em Operações da Interpol, Brian Minihane.

A mesma fonte acrescentou, em comunicado, que, "quando terminar a operação de resgate", a organização está "preparada para oferecer a assistência necessária para localizar os desaparecidos e identificar as vítimas.

A Interpol oferece também seu centro de coordenação para tramitar as mensagens da Polícia internacional para as pessoas desaparecidas que possam ter sido vítimas do desastre.

"O apoio e a coordenação internacional são essenciais, e os sistemas globais de comunicação e a experiência prévia da Interpol oferecendo este tipo de ajuda pode representar um papel importante", afirmou.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, havia falado de "centenas de milhares" de mortos.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Haitianos desesperados bloquearam as ruas com barricadas feitos com os corpos em uma parte de Porto Príncipe para exigir assistência mais rápida após o desastre. Corpos estavam espalhados por toda a cidade, e pessoas cobriam o nariz com panos para evitar o odor da morte. Cadáveres eram carregados em caminhonetes e entregues ao hospital central de Porto Príncipe.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.

O ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o Haiti após o terremoto que devastou o país nesta terça-feira. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

EFE   
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