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América Latina

Honduras remete à Interpol caso de sírios detidos com passaportes roubados

19 nov 2015 - 01h59
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O governo de Honduras informou nesta quarta-feira que remeteu à Interpol o caso dos cinco sírios que foram detidos ontem no aeroporto de Tegucigalpa e que pretendiam viajar para os Estados Unidos com passaportes gregos roubados.

O caso dos cidadãos da Síria "foi remetido à Interpol para que sejam realizadas as investigações necessárias", afirmou o governo hondurenho em comunicado oficial do Instituto Nacional de Migração.

Os detidos chegaram ao aeroporto de Tegucigalpa na terça-feira pela noite em um voo vindo da Costa Rica e seu destino era os Estados Unidos, acrescentou o governo hondurenho na nota.

Além disso, as autoridades migratórias de Honduras indicaram que os sírios estavam "sendo monitorados" desde Atenas, na Grécia, onde os passaportes com os quais chegaram a Tegucigalpa "tinham sido roubados".

Os sírios permanecem em uma dependência policial de Honduras e serão colocados à disposição da promotoria com a acusação de falsificação de documentos.

Horas antes, o porta-voz da polícia hondurenha, Aníbal Baca, disse que não era possível confirmar se os sírios pretendiam chegar aos Estados Unidos com o objetivo de realizar ataques nesse país.

Os sírios saíram da Grécia e passaram por "Turquia, Brasil, Argentina, Costa Rica e, finalmente, chegaram a Tegucigalpa", informou Baca.

No último dia 13, as autoridades hondurenhas detiveram outro cidadão sírio, identificado como Antomios Calinteres Camontepes, também no aeroporto de Tegucigalpa.

Camontepes foi detido "para investigação" e, após a comprovação de que ele portava um passaporte falso, "foi rejeitado" pelas autoridades hondurenhas. No dia 14, o cidadão sírio viajou para o Paraguai, mas depois acabou sendo detido na Argentina com um passaporte roubado, segundo o comunicado oficial.

O Instituto Nacional de Migração assinalou que conta com "um Sistema de Segurança Biométrico", o que permitiu a detenção dos sírios que pretendiam entrar no país com "documentação falsa".

Milhares de pessoas fogem da Síria desde que explodiu a guerra civil em 2011, que já deixou mais de 250 mil mortos e 13 milhões de refugiados, segundo dados da ONU.

EFE   
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