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Haiti não realizará eleições devido a terremoto, diz ministro

30 jan 2010 - 23h00
(atualizado em 31/1/2010 às 00h44)
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O ministro haitiano Joseph Jasmin, encarregado das relações do Executivo com o Parlamento, afirmou neste sábado que não poderão realizar as eleições legislativas previstas para o dia 28 de fevereiro devido ao terremoto que devastou o país caribenho em 12 de janeiro. "A partir de 8 de maio próximo, data do fim de mandato dos atuais deputados, teremos que assumir um vazio", disse o ministro.

Ônibus partem lotados de Porto Príncipe, no Haiti
Ônibus partem lotados de Porto Príncipe, no Haiti
Foto: AFP

A previsão do governo haitiano era realizar eleições legislativas em fevereiro e em março de 2010 para renovar um terço do Senado e da Câmara dos Deputados. A Câmara conta com 99 membros e o Senado com 27, sendo que uma cadeira está vazia, pois o Conselho Eleitoral Provisório (CEP) teve de suspender as votações do ano passado por causa de atos de violência.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti no dia 12 de janeiro, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes do Exército chegaram à base brasileira no país para liderar os trabalhos do contingente militar brasileiro no Haiti. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o país. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

EFE   
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