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América Latina

Haiti: mortes por epidemia de cólera passam de 200

23 out 2010 - 13h50
(atualizado às 17h07)
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O número de mortos pela epidemia de cólera no Haiti superou os 200 neste sábado, enquanto o governo e organizações de assistência redobravam os esforços para impedir que a doença chegue na capital, devastada pelo terremoto que atingiu o país.

Com mais de 2,3 mil casos da doença e com a previsão dos especialistas de que esses números crescerão ainda mais, as equipes médicas haitianas e internacionais estão trabalhando desesperadamente para isolar a conter a epidemia nas regiões Artibonite e do Planalto Central.

O diretor-geral do ministério da Saúde Pública e de população disse que não houve aumento "extraordinário" de casos nas últimas horas, mas também não foi registrada uma queda, e afirmou que o ritmo de mortes nos hospitais está diminuindo, embora tenha alertado que "é cedo demais para estabelecer uma tendência".

Elas ficam ao norte da capital, Port-au- Prince, com suas favelas esquálidas e cerca de 1,3 milhão de sobreviventes do terremoto de 12 de janeiro, a maioria em acampamentos de cabanas de lona, lotadas.

É a pior emergência médica a atingir a pobre nação caribenha desde o terremoto, que matou em torno de 300 mil pessoas. É também a primeira epidemia de cólera no Haiti em um século.

Autoridades da área de saúde do Haiti, disseram numa entrevista coletiva no sábado que 194 pessoas já morreram de cólera na região de Artibonite, o principal foco da epidemia, e outras 14 pessoas morreram no vizinho Planalto Central.

A

Entre os mortos em Mirebalais há três prisioneiros, segundo Timothée, que destacou que cerca de 50 detidos na localidade também foram afetados pela doença, e anunciou que serão tomadas medidas especiais na prisão.

A ONU e autoridades do Haiti disseram que, por enquanto, não há casos confirmados da doença na capital. Mas eles aumentaram as medidas preventivas e a vigilância nos acampamentos que abrigam as pessoas desabrigadas pelo terremoto, ao mesmo tempo em que deslocaram médicos, remédios e água para as áreas afetadas.

"É um desafio enorme e a perspectiva de que possa chegar a Port-au-Prince é horrível," disse à Reuters Imogen Wall, porta-voz da ONU para assuntos humanitários. "É claro que evitar que a doença se espalhe até a cidade é a nossa principal preocupação, no momento."

Mas o líder de uma instituição de caridade privada norte-americana disse que já há pessoas com cólera na cidade de Port-au-Prince, infectadas depois que elas viajaram para o sul, saindo das áreas afetadas pela doença, em busca de tratamento na capital.

As eleições presidenciais e legislativas estão marcadas para o dia 28 de novembro, mas ainda não se sabe se a epidemia poderá por em risco a organização da votação.

Com informações de agências internacionais.

Fonte: Redação Terra
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