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América Latina

Greve indefinida de professores fecha 10 mil escolas no Paraguai

Greve começou no mesmo dia em que estava previsto que os alunos voltassem às aulas após duas semanas de férias de inverno

29 jul 2013 - 22h04
(atualizado às 22h21)
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Docentes paraguaios dos ensinos primário e médio iniciaram nesta segunda-feira uma greve indefinida, que deixou 10 mil escolas sem aulas, para exigir melhores pensões e mais fundos para a educação pública, segundo a Federação de Educadores do Paraguai (FEJ).

O dirigente da FEJ, Carlos Parodi, declarou à agência estatal IP que "mais de 10 mil escolas" permanecem fechadas nesta segunda devido à greve dos professores. A FEJ e os docentes agremiados no Comando de Unidade Sindical de Trabalhadores da Educação (CUSTE) continuarão com a greve até que o tema seja tratado no Parlamento.

O ministro da Fazenda, Manuel Ferreira, rejeitou, em entrevista coletiva após o Conselho de Ministros, pedir a ampliação do orçamento para educação. "Neste momento, há um aumento muito grande nos salários públicos, onde quase 83% das receitas tributárias são consumidas em salários. Seria muito irresponsável de nossa parte solicitar uma ampliação da ordem de US$ 100 milhões, além da justiça ou a injustiça que possa ter esta medida", declarou Ferreira.

"Acho que o setor sindical da educação deveria esperar os próximos 15 dias que faltam e discutir isto dentro do orçamento para o ano 2014 e não ser incorporado dentro de uma lei para este ano já que os recursos não estariam disponíveis", acrescentou Ferreira.

O presidente eleito, Horacio Cartes, que assumirá a presidência no próximo dia 15 de agosto, disse hoje que os estudantes são "os únicos prejudicados pelas greves e reprogramações de despesas".

"Temos que nos sentar e conversar entre todos para conseguir acordos e consensos e que essas discussões se façam de maneira pública, o que já não é aceitável é que os estudantes sejam reféns deste tipo de situações", afirmou Cartes.

EFE   
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