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América Latina

Greve cancela voos a Buenos Aires, mas não paralisa o país

Ao menos 29 voos que iriam partir do Brasil à capital argentina foram cancelados, nesta quinta-feira

28 ago 2014 - 15h39
(atualizado às 16h06)
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A greve geral convocada nesta quinta-feira na Argentina pelos sindicatos que enfrentam o governo afetou setores como o transporte e os bancos e ocasionou uma "guerra de números" entre as centrais e o Executivo, mas não conseguiu paralisar o país. 

A Confederação Geral do Trabalho (CGT) e a Central de Trabalhadores da Argentina (CTA) disseram que pelo menos 80% dos trabalhadores aderiram à greve. Em contrapartida, o governo sustenta que 75% dos trabalhadores não quiseram aderir.

<p>Houve conflito entre os policiais e manifestantes em uma das estradas de acesso a Buenos Aires, mas não há registro de feridos</p>
Houve conflito entre os policiais e manifestantes em uma das estradas de acesso a Buenos Aires, mas não há registro de feridos
Foto: DANIEL GARCIA / AFP

Os protestos sindicais e a interdição nos acessos às grandes cidades, especialmente no caso de Buenos Aires, complicaram a chegada de milhares de trabalhadores a seus postos de trabalho no início da manhã. Houve conflito entre os policiais e manifestantes em uma das estradas de acesso à capital, mas não há registro de feridos.

No aeroporto internacional de Ezeiza, em Buenos Aires, os voos pousavam e decolavam em seus horários, à exceção daqueles das companhias locais Aerolíneas Argentinas e Austral. Agentes de imigração e controladores de tráfego aéreo do principal aeroporto do país estavam em seus postos de trabalho.

<p>Greve paralisou as ferrovias, os bancos, o correio, os tribunais, os pedágios e a coleta de lixos de todo o país</p>
Greve paralisou as ferrovias, os bancos, o correio, os tribunais, os pedágios e a coleta de lixos de todo o país
Foto: Agustin Marcarian / Reuters

Os cancelamentos afetaram todas as companhias aéreas que operam com destino ou a partir do Aeroparque, encravado na capital, de onde chegam e saem voos de cabotagem e alguns a países vizinhos como Chile, Uruguai, Paraguai e a diversas cidades brasileiras. Ao menos 29 voos que iriam partir do Brasil à capital argentina foram cancelados, nesta quinta-feira.

A greve, a segunda do ano contra o governo de Cristina Kirchner, paralisou as ferrovias, os bancos, o correio, os tribunais, os pedágios e a coleta de lixos de todo o país. A paralisação também afetou parcialmente a administração municipal e estadual, escolas e hospitais.

Na capital, a maioria das linhas de ônibus urbano e metrô funcionam com normalidade e o grosso dos comércios abriu suas portas, embora a atividade tenha caído. Segundo a agência EFE, esta quinta-feira ficou com "cara de fim de semana", em Buenos Aires.

<p>Florencio Randazzo denunciou que os "argentinos foram impossibilitados de ir trabalhar hoje" por causa da greve de trens que chegam à capital</p>
Florencio Randazzo denunciou que os "argentinos foram impossibilitados de ir trabalhar hoje" por causa da greve de trens que chegam à capital
Foto: Agustin Marcarian / Reuters

O ministro do Interior e Transporte argentino, Florencio Randazzo, considerou que a greve é de caráter "político" e denunciou que os "argentinos foram impossibilitados de ir trabalhar hoje" por causa dos protestos e greve de trens que chegam à capital, utilizados diariamente por mais de um milhão de pessoas.

Para o ministro, os dirigentes sindicais opositores, que protestam contra as políticas do governo de Cristina Kirchner e reivindicam um rebaixamento no imposto dos lucros, "estão muito longe do que hoje reivindica o conjunto dos argentinos que buscam defender o emprego".

Com informações da Agência Brasil, da EFE e da AFP.

Fonte: Terra
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