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América Latina

Colômbia diz que abordará críticas da Venezuela "de maneira direta"

30 mai 2013 - 00h40
(atualizado às 01h24)
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A ministra das Relações Exteriores da Colômbia, María Ângela Holguín, afirmou nesta quarta-feira que o governo colombiano tratará "de maneira direta" os assuntos diplomáticos com a Venezuela, em resposta às críticas do país vizinho em relação a reunião entre o presidente Juan Manuel Santos e o líder opositor venezuelano Henrique Capriles.

"O presidente da República, Juan Manuel Santos, desde que iniciou seu mandato, decidiu tratar os assuntos com o governo da Venezuela de maneira direta e sem microfones", afirmou María Ângela ao ser consultada pela imprensa local. "Em prol de manter a diplomacia afastada dos microfones que são tão daninhos, trataremos este tema de maneira direta com o governo Venezuelano", completou a ministra colombiana.

As relações da Venezuela com a Colômbia foram comprometidas nas últimas horas, depois que Caracas criticasse a reunião entre o presidente Santos e Capriles. O chanceler venezuelano, Elías Jaua, afirmou que com a visita de Capriles à Colômbia e sua reunião de hoje com Santos "confirma que Bogotá também está envolvida na conspiração aberta contra a paz na Venezuela".

Jaua acrescentou que o governo venezuelano "lamenta profundamente que o presidente Santos tenha dado um passo que, de maneira dolorosa, desencadearia em um descarrilamento das boas relações. "É lamentável", assegurou o ministro venezuelano em declarações ao canal estatal VTV.

Segundo Jaua, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu o retorno de seu representante em Havana para o processo de paz na Colômbia para fazer uma "avaliação" de sua participação nestas negociações.

O governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) realizam diálogos de paz em Havana, nos quais Venezuela e Chile exercem a função de acompanhantes, enquanto Cuba e Noruega aparecem como fiadores.

EFE   
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