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América Latina

Governo chileno eleva a 147 o número de mortos em terremoto

27 fev 2010 - 15h42
(atualizado às 16h25)
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O governo do Chile elevou a 147 o número de mortos no terremoto de mais de 8 graus na escala Richter que abalou o centro e o sul do país na madrugada deste sábado.

A presidente chilena Michelle Bachelet conversa com a imprensa logo após o terremoto, em Santiago
A presidente chilena Michelle Bachelet conversa com a imprensa logo após o terremoto, em Santiago
Foto: Reuters

"É um número que está mudando a cada minuto e agora chega a 147", disse a diretora do Escritório Nacional de Emergência (Onemi), Carmen Fernández, na entrega do último relatório oficial de vítimas do terremoto no Chile às 03h34 hora local (06H34 GMT).

Fernández confirmou que a zona da cidade de Concepción, 500 km ao norte de Santiago, foi a mais atingida, onde há cerca de 400 mil "afetados". Ainda não há relatórios sobre a zona costeira da região de Maule, vizinha a Concepción, onde as ondas podem ter provocado graves danos. "Nossos contatos com Maule ainda são insuficientes", disse a diretora do Bureau de Emergências.

Tragédia no Chile
Mais de 140 pessoas morreram morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos pode passar de 180, segundo o canal estatal Televisión Nacional. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em Santiago, há um forte movimento de automóveis e muitos cidadãos perambulam pelas ruas. Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

EFE   
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