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América Latina

Governo argentino crê em "sabotagem" de navio usado na guerra das Malvinas

23 jan 2013 - 12h49
(atualizado às 12h53)
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O governo da Argentina disse nesta quarta-feira que não descarta a possibilidade de ter ocorrido uma "sabotagem" no naufrágio do destróier das Forças Armadas do país utilizado na Guerra das Malvinas contra o Reino Unido e que estava atracado em uma base naval.

"Nós não descartamos sob nenhum aspecto a possibilidade de uma sabotagem", disse hoje o ministro argentino de Defesa, Arturo Puricelli, em declarações à "Rádio 10". O navio começou a afundar aparentemente na segunda-feira.

"É raro que uma embarcação dessa envergadura, fabricada para a guerra e estando amarrada ao porto possa afundar em questão de horas sem nenhuma razão aparente", acrescentou.

O destróier Santísima Trinidad estava atracado na base naval de Puerto Belgrano (a cerca de 700 quilômetros ao sul de Buenos Aires) à espera de ser desmontado.

Puricelli disse que pediu ao chefe da Marinha, Daniel Martín, que "acelere" o processo para investigar as causas do afundamento do barco, considerado a embarcação símbolo do desembarque das tropas argentinas nas Malvinas, em 1982.

Para o ministro da Defesa teria sido uma "negligência muito grande" deixar as comportas do navio abertas, o que permitiu o naufrágio do destróier.

O ex-comandante da embarcação, José Luis Trejo, denunciou à imprensa que a deterioração do Santísima Trinidad começou depois da Guerra das Malvinas, quando o Reino Unido "se negou a nos vender peças para reposição".

O destróier foi o primeiro estaleiro com mísseis da Argentina. A partir da década de 90, o Santísima Trinidad passou a ser usado para se extrair peças de reposição destinadas a uma embarcação idêntica, o Hércules.

A Guerra das Malvinas, em 1982, envolveu a Argentina e o Reino Unido, que lutavam pela soberania do arquipélago. O conflito terminou com a derrota argentina e cerca de mil mortos.

EFE   
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