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Mundo

Fujimori lidera corrida presidencial no Peru, diz pesquisa

26 mai 2011 - 11h22
(atualizado às 12h07)
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A deputada conservadora Keiko Fujimori está ampliando sua vantagem contra o esquerdista Ollanta Humala, menos de duas semanas antes do segundo turno das eleições presidenciais de 5 de junho no Peru, indicou uma pesquisa da empresa Datum nesta quinta-feira.

Fujimori, que tem o apoio da comunidade empresarial e é filha do ex-presidente Alberto Fujimori, que está preso, teve 52,9 por cento das intenções de voto no levantamento.

Humala ficou com 47,1 por cento de apoio dos entrevistados, enquanto os votos brancos e nulos foram excluídos na simulação organizada pela pesquisa, publicada no jornal Peru 21.

A pesquisa entrevistou 1.214 pessoas no domingo e tem margem de erro de 2,8 pontos. A vantagem de Fujimori aumentou em cerca de um ponto, para 5,8 pontos, na comparação com a pesquisa anterior, realizada entre 16 e 18 de maio.

Humala, ex-oficial do Exército, vem tentando convencer os eleitores de que abandonou seu passado radical, apesar de os críticos temerem que se ele for eleito poderá reverter anos de reformas que contribuíram para o livre mercado na hoje próspera economia peruana.

Humala também revisou seu planos de governo para tornar o país mais atraente aos investidores, descartando um controverso aumento de impostos e a proposta de assumir controle dos fundos privados de pensão.

Para atrair os votos centristas, Humala tentou, com pouco sucesso, se distanciar de seu ex-mentor político, o polêmico presidente venezuelano Hugo Chávez, e se colocar em uma posição mais moderada, como o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

A pesquisa Datum indicou que metade dos eleitores pensava que Humala poderia governar como um autoritário e apenas um terço disse acreditar que ele respeitaria os acordos internacionais do Peru, apesar de o candidato ter prometido ser conciliatório e honrar os diversos acordos de livre comércio do país.

Fujimori superou o adversário nas últimas semanas nas pesquisas, aliviando a pressão negativa dos mercados financeiros. As ações e a moeda peruanas caíram depois que Humala venceu o primeiro turno das eleições, em 10 de maio.

Os opositores de Fujimori afirmam que ela é muito próxima a seu pai e dependente demais dos ex-assessores dele. O governo de Alberto Fujimori ruiu em meio a uma onda de corrupção e abusos de direitos humanos em 2000, apesar de ter recebido o crédito por abrir a economia ao comércio e resolver a hiperinflação no país.

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