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América Latina

Fidel Castro alerta Coreia do Norte a não entrar em guerra

5 abr 2013 - 19h55
(atualizado às 19h57)
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O ex-líder cubano Fidel Castro advertiu a Coreia do Norte contra a guerra nesta sexta-feira e descreveu as atuais tensões na península coreana como um dos "riscos graves" para o holocausto nuclear desde a crise dos mísseis em Cuba, em 1962.

O ex-presidente cubano Fidel Castro participa da sessão de abertura da Assembleia Nacional do Poder Popular, em Havana, em fevereiro. 24/02/2013
O ex-presidente cubano Fidel Castro participa da sessão de abertura da Assembleia Nacional do Poder Popular, em Havana, em fevereiro. 24/02/2013
Foto: Ismael Francisco / Reuters

Dizendo que ele falava como um amigo, Fidel escreveu na mídia estatal cubana que a Coreia do Norte, liderada por Kim Jong-un, de 30 anos, tinha mostrado ao mundo a sua capacidade técnica e agora era a hora de lembrar os seus deveres para com os outros.

A Coreia do Norte, que juntamente com Cuba é um dos últimos países comunistas do mundo, vem elevando a pressão ao declarar guerra à vizinha Coreia do Sul e ameaçando encenar um ataque nuclear contra os Estados Unidos.

Poucos observadores acreditam que a nação vai realmente atacar, mas Castro tornou-se um defensor antinuclear nos últimos anos.

"A República Popular Democrática da Coreia foi sempre cordial com Cuba, como Cuba sempre foi e continuará a ser com ela", escreveu Fidel, usando um tom quase paternalista.

"Agora que demonstrou seus avanços técnicos e científicos, nós a lembramos de seus deveres para com os outros países que foram grandes amigos e que não seria justo esquecer que essa guerra afetaria de modo especial mais de 70 por cento da população do mundo", disse o ex-líder de 86 anos, que transformou a Cuba em comunista depois de tomar o poder na revolução de 1959.

Castro chamou a presente situação na península coreana de "incrível e absurda", mas disse que "tem a ver com um dos mais graves riscos de uma guerra nuclear desde a Crise de Outubro (Crise dos Mísseis de Cuba), 50 anos atrás".

Ele liderou Cuba no confronto de outubro de 1962, quando os Estados Unidos e a União Soviética quase entraram em guerra sobre a colocação de mísseis nucleares soviéticos na ilha, a 144 quilômetros ao sul da Flórida.

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