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América Latina

Farc pedem desmilitarização do Estado, da sociedade e do campo na Colômbia

19 mar 2013 - 12h19
(atualizado às 12h28)
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A guerrilha comunista das Farc propôs nesta terça-feira a desmilitarização do Estado, da sociedade e do campo colombianos, e para isso pediu o abandono da doutrina de segurança nacional imposta supostamente pelos Estados Unidos, em uma declaração divulgada em Havana.

O governo deve avançar na "desmilitarização das zonas rurais, da sociedade e do Estado, que envolva o abandono da doutrina da 'segurança nacional' imposta pelo Pentágono", disse o comandante Iván Márquez, chefe da delegação insurgente, ao diálogo de paz em Havana.

Márquez formulou esta proposta ao chegar ao Palácio das Convenções de Havana, sede do diálogo de paz entre a guerrilha e a delegação do governo de Juan Manuel Santos, liderada pelo ex-vice-presidente Humberto de la Calle, que se absteve de fazer declarações à imprensa.

Esta demanda das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) está contida em uma declaração de "nove propostas mínimas de Justiça social territorial e política macroeconômica para a paz", apresentada nesta terça-feira.

As duas delegações, que iniciaram suas negociações no dia 19 de novembro, discutem o complexo problema agrário da Colômbia, o primeiro ponto de uma agenda de cinco que inclui a participação política, drogas ilícitas, abandono das armas e reparação às vítimas.

Na segunda-feira, Santos expressou em Bogotá sua confiança em alcançar um acordo com as Farc antes do fim do ano e assinar a paz com a principal e mais antiga força guerrilheira do país.

"É um processo de paz que o mundo inteiro espera", disse Santos, acrescentando que "por isso somos otimistas de que, se prosseguirmos assim, vamos alcançar, tomara, a paz neste país. Se Deus quiser, antes do fim do ano, se as coisas correrem como queremos".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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