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América Latina

Farc dizem que fim de cessar-fogo é "passo atrás" em conversas de paz

25 mai 2015 - 12h47
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As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) disseram nesta segunda-feira que o fim de seu cessar-fogo unilateral, que foi anunciado na semana passada depois de o governo atacar dezenas de guerrilheiros, é um retrocesso nas conversas de paz para encerrar cinco décadas de guerra.

Negociador das Farc Pablo Catatumbo em Havana 2/2/2015  REUTERS.
Negociador das Farc Pablo Catatumbo em Havana 2/2/2015 REUTERS.
Foto: Reuters

A liderança das Farc afirmou em Havana, em Cuba, onde as tratativas vêm acontecendo há dois anos e meio, que a paz será inalcançável se a ofensiva for intensificada.

“Sem dúvida os eventos trágicos da semana passada foram um passo atrás”, afirmou o negociador rebelde Pablo Catatumbo em um comunicado. “Este é o caminho errado, e é óbvio que a paz jamais será obtida escalando o conflito”, acrescentou.

“Seguiremos adiante com a cabeça fria e os corações ardentes, não podemos jogar fora nossos esforços determinados de quase três anos de conversas”, acrescentou Catatumbo.

As Farc suspenderam uma trégua unilateral de quase cinco meses na sexta-feira, depois que tropas mataram 26 de seus combatentes, uma ação que provavelmente irá acirrar as tensões nas negociações.

O governo havia interrompido brevemente os bombardeios contra acampamentos rebeldes, mas os retomou em abril, depois que as Farc mataram 11 soldados na província inquieta de Cauca, na prática rompendo o cessar-fogo.

No comunicado, as Farc repetiram sua exigência de um cessar-fogo bilateral, o que o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, descartou até a assinatura de um acordo de paz definitivo.

As primeiras baixas da ofensiva rebelde renovada ocorreram no domingo, quando um policial foi morto e dois ficaram feridos por uma bomba dos rebeldes. Outros oito combatentes das

Farc morreram em ataques aéreos do governo.

(Por Julia Symmes Cobb)

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